quarta-feira, 30 de abril de 2008

Um dia fragmentado

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Na vida, chega uma hora em que chega!!!
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Tá esfriando do jeito que eu gosto.
E vai ser um desses feriados cinzentos e frios. Do jeito que eu gosto.
Nada de pessoas meladas e fedidas.
Agasalhos, elegância, botas, meias, perfumes.
Uma cidade vazia esperando para ser dominada e apreciada.
O verde da cidade mais vistoso, destacado pelo cinza vespertino.
Cheiro da grama úmida.
Ponta do nariz gelado.
Um beijo e um carinho para esquentar.
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Não sou do tipo de pessoa que fica puxando o saco dos outros.
Se eu te trato muito bem, considere-se uma pessoa privilegiada.
Talvez você nem mereça. E eu faço isso por pura teimosia.
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Bem, agora chegou a hora.
Banho, perfume, roupa, perfume.
Mania de passar perfume duas vezes. Ou mais.
É a rinite. Congestão nasal, etc.
Decidir qual rumo vou tomar hoje.
Já decidi que será em direção ao centro.
De sampa, da minha cabeça ou do meu peito.
Vou pra cidade ver o que acontece.
Dar umas moedinhas para aquele tiozinho tocar summertime no sax pra mim.
Sentar na calçada, ouvir e olhar.
Ver o que está em cartaz nos cinemas (cada vez menos) alternativos.
Comer comida mexicana só para ouvir os berros dos meus rins doentes depois.
Tomar café. Uma xícara após a outra.
Caminhar no frio.
Mais café. Alguma fumaça.
Assistir algum filme.
Voltar para casa sozinha com a sensação de um dia bem vivido.
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