quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Mini Maratona

Quarta-feira: Mini-maratona pessoal de Teatro em São Paulo.

21h - Teatro Fábrica - Querência
24h - Satyros II - AntiJustine


Fali mais uma vez...
Gastei meus redondos R$ 50,00 em menos de 4 horas.
Sem contar as peripécias no trânsito e as aventuras contra as ampulhetas no caminho.
Saída do trampo: às 19:24h
Chegada na casa da Kik's: às 19:50h
Saída da casa da Kik's (Moema): às 20:16h
Passadinha rápida no Banco.
Parada no Posto. Vários Semáforos. Casa do Mardonis. Paulista (20:50h). Consolação. Achar um estacionamento e parar o carro.
Chegada no Teatro Fábrica (Consolação): às 20:57h
Nesse meio tempo, várias buzinadas no trânsito lento, várias risadas dentro do carro com meu querido amigo. Várias manobras perigosas. Muitos caminhos cortados. Pressa.
Paramos o carro, falamos correndo com o tiozinho do estacionamento. Saímos correndo pela Consolação. Eu de salto, ele me puxando. Bombinha para asmáticos. Compramos ingressos. No more money for me. Ele ainda tinha cheques. Nos prometemos passar no banco após a peça. Ou pedir emprestado em último caso.
Entramos, sentamos, causamos desligando os celulares histéricos. Silêncio.
Num canto, um homem, um violão.
Outro homem. Noutro canto. Facas. Chicote. Manta. Terço. Chapéu. Lenço florido.
A vibração das cordas do violão interrompem o silêncio. O som chama o ator ao palco.
Ele aparece. E de dentro dele saem outros eles. Outros vários eles. O menino, o Avô. O Lobisomem, a Mula. O adestrador de cavalos, o sertanejo arrogante e esbanjador, o Pai, a Mãe e a menina, Vicentina. Vicentina rouba o coração do adestrador, e junto rouba o coração da platéia. Sem precisar sequer mostrar seu rosto. Apenas nas palavras do fabuloso ator. Melhor ainda, nas palavras do texto nas expressões do ator, interpretando o amansador dos potros chucros narrando como é belo seu amor por Vicentina.
Ela vem assim, suave, constituída por nada mais que um lenço florido e um chicote dobrado. Ela ganha vida e sentimento nas mãos daquele ser humano maravilhoso presente em cena.
Ausente de si, mas cheio de personagens e sentimentos.
Uma surpresa na história muda seu rumo completamente. As emoções das personagens no Nelson se confundem com as emoções da platéia. Nós choramos cada vez que ele engole seco e prende os lábios para conter o próprio choro. Cabra macho não derrama lágrimas. Por que ele chora? Se você não assistiu a peça não vou tirar o encanto da história. Até porque o encanto pertence somente a Nelson.
Nós, platéia, acompanhamos a busca do chucro amansador de potros a galope. Viajamos por todo Brasil.
Sofremos sua agonia e ansiedade juntos. Empunhamos seu facão com todas as nossas mãos. Nos unimos em mãos e respiração. Respiramos silenciosamente em coro. Sentimos o sangue e o ódio do traidor.
De tão bem ambientados que fomos por Nelson e pelo texto, sentimos o silêncio, o cheiro do mato, o casebre mal iluminado, o cheiro da pinga, talvez até um grilo ou outro começando a cantar lá fora.
A luz enfraquece gradativamente, a música vai se perdendo. Recobramos a realidade e os sentidos. Ou perdemos os sentidos definitivamente, não sei ao certo.
A luz acende. Aparece um homem com o violão encostado aplaudindo o outro homem no centro do palco. Em pé a platéia faz questão de chover aplausos. Uma nostalgia, misturada com uma alegria, misturada com uma tristeza, misturada com todos os sentimentos de fim da infância nos invade. Dá vontade de ligar pra mãe.
Vontade maior dá de ser amada, assim como foi Vicentina por seu repentista de palavras simples e olhar humilde, ele, o amansador de cavalos mais querido.
Meu coração lembra e chora. Queria eu virar tinta preta, grafite ou carvão e viver dentro desse lindo texto que é "Querência".

Se ficou com vontade de ver Querência agora é uma pena mesmo, porque não tem mais. Ontem foi o último dia. O último dia do texto mais lindo da cidade.
Peguei Nelson Peres nos braços e o deixei no pedestal escondido ao lado de Gero Camilo. Agora meus dois atores favoritos estão juntos e guardados para sempre.

Peças Favoritas: Querência e Aldeotas
Atores Favoritos: Nelson Peres e Gero Camilo.

Fica aqui registrado, caso algum dia eu esqueça das razões que me aproximaram do mundo maravilhoso do teatro. Ou caso alguns homens me machuquem fazendo com que eu me afaste.

Quanto ao AntiJustine, lógico que y estava lá, e lógico que ele perguntou das outras. Se referindo às adoradas amigas. Nunca é de mim. Ele simplesmente não se interessa. Muito fácil?
"- Nenhum deles quer saber de mim."
E eu, mais uma vez, senti os cacos de vidro dentro de meus sapatos. Muitos cacos de vidro.
Graças à vida, eu estava amparada por dois grandes amigos. Um deles rebateu à pergunta do mocinho-bandido com um comentário surpresa.
Ele fez uma cara de sei lá o que... meio que de curioso misturado com medo misturado com loucura. Aquelas caras dele. Mas no fundo ele não liga!
Pra essa peça eu já não tinha um puto no bolso. Meu amigo tinha cheques. Muitos cheques que salvaram nossa noite e forraram nosso estômago. E gelaram nossa cabeça com Serra Malte... delícia.


Momento alto da noite: Eu e meu querido amigo. Comendo e bebendo. Aparece meu ser humano favorito, o Super.
No clima do PPP, ele troca olhares, cumprimenta com aquele quase sorriso misterioso que eu gosto muito. Faz brincadeiras com o garçom e abre espaço para uma gostosa conversa enquanto bate um big sanduba. Presença ilustre e rápida no recinto. A melhor presença. Ele nos conta suas peripécias de bebum. Rimos todos. Tenho vontade de lhe fazer um carinho. Meu carinho fica no olhar. Não sei o que ele faria se eu o tocasse espontaneamente. Talvez nada. Talvez me rejeitasse com o olhar de mau que ele sabe fazer muito bem. Eu não suportaria ser rejeitada por ele. Por ele não!
Mas ontem foi tudo bem. Ele estava conversando com um de seus amigos caricatos. Eu me aproximei intrometida que só e ganhei um carinho na cabeça. Ponto alto da noite. Depois disso qualquer um poderia me rejeitar aquela noite. Eu já tinha conquistado o cuidado da pessoa mais especial da área.
"- Super, você precisa de repouso. Mas entendo sua alma inquieta. Tenho nas veias e na alma o mesmo mal, o mesmo bem. Super heróis se recuperam quando se atiram dos precipícios. Eu estarei lá embaixo esperando de braços abertos."


Às amigas maravilhosas que não me viram chegando ou saindo: Agradeço a acolhida em seu lar...

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Balanço do mês

Nenhuma novidade nesse último mês.
Não conheci ninguém que me convencesse... não cedi.
Gostei de um cara... sem futuro total.
Assisti as peças 120 dias de Sodoma, Roxo e Solidores.
Bebi até falir.
Fui até o underground para ouvir um Blues de caras que sabem o que estão fazendo.
Destruí minha imagem na Praça Roosevelt.
Reconstruí outra de mim.
Passeei em lembranças... e carências.
Escrevi TCC.
Criei uma outra pessoa.
Mais desbocada, mais livre, mais sensível.
E criei também uma outra, toda louca e cheia de traumas.
Trabalhei até ficar doente.
Gostei até ficar doente.
Ouvi até ficar doente.
Falei até ficar sem voz.
Observei até embaçar a imagem.
Guardei até quase explodir.
Senti até perder a pele.
Respirei até ficar asmática.
Bebi até me afogar.
Degustei até queimar a lingua.Dancei até quebrar os pés.
Sofri até perder o som.
Toquei até não sentir mais.
Andei até rasgar as solas.
Amei até ficar solta na amplidão. Sozinha na amplidão.
Caminhei até fazer buraco no chão.
No chão... te encontrei de chapéu na mão.
De chapéu e chicote na mão.
Te encontrei... me perdi em sua direção.

Hoje...

Hoje é um daqueles dias em que eu poderia tomar vários Lexotans para não acordar nunca mais...
Minha garganta dói. Meu ouvido dói. Meu pescoço dói. Minha cabeça dói.
Não consigo falar. Não consigo respirar. Não consigo pensar.
Não tenho paciência para as pessoas. Não tenho forças para um sorriso.
Não quero me mexer nunca mais...
Estou cansada do trampo. Estou cansada desse abuso. Cansada desse absurdo.
Cansada do escuro e do claro.
Hoje tudo o que eu queria era sentar sozinha no meio da neve, vestindo um sobretudo vermelho.
Lendo um Bucowsky.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Impressões na madrugada de sexta

Alterada.
Ao som de um belo Blues na voz de Super MB.
Em uma das mãos dele o microfone, na outra uma garrafa de qualquer coisa que o fizesse entrar no clima.
Como sempre, naquele jeito doce e tranquilo que poucos sabem que ele tem.
O som da Fabrica de Animais eu curti diferente. Vendo a interpretação fudida da Fernanda D'Umbra. Sentindo o som. Pensando as letras. Assimilando o clima. Uns vocais du caralho!
O som do Tempo Instável me induziu instável e eu só queria saber da cerveja gelada na cabeça, do mundo nas mãos, do gato ao redor e de dançar como eu bem quisesse. Até deixei de lembrar que os sapatos de salto alto e bico fino castigavam meus pés.
A promessa de uma sinuca que nunca foi paga.
O cara dizendo que meu perfume era maravilhoso.
A amiga sociabilizando no meio da galera.
O som solto na atmosfera.
Num lugar que me conquistou, ao lado das pessoas mais interessantes de sampa.
Não saio dessa terra nunca mais. Nascida aqui, vou morrer aqui.
No centro, no miolo da cidade e dos acontecimentos. Vou consumir esse lugar e deixar que esse lugar me consuma.
Desde que haja sempre um bom blues dançando no ar...

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Blah! Passou essa fase criança, né...


Pssssiuuu! Shhhhh...
Não chora... Por favor, não chora.
Vai passar. Isso que você está sentindo vai passar.
Dói um tempo, mas passa.
Não chora, vai... Eu não sei o que fazer quando você está chorando... me perco.
Se é colo o que você quer eu te dou. Sem maldade, só carinho.
Tá bom, se você quer um pouco de malícia posso te dar também. Mas vê se não abusa, tá?
Agora me pega um pouquinho no colo também? Me abraça até o mundo desaparecer ao nosso redor...
Não tenho medo de mendingar amor... Você tem? Então não sabe o que está perdendo.
Quem tem boca vai a Roma... não é assim que funciona?
Eu sei que é feio pedir amor... é mostrar fraqueza, fragilidade. Isso é proibido. Eles não gostam.
Nunca gostam.
Prometo ir até onde o vento faz a curva para buscar algo que te anime. Prometo lhe ensinar a levitar antes de lhe ensinar a andar.
Prometo não soltar sua mão. E quando estivermos à beira do abismo, prometo pular primeiro.
Prometo te molhar com a mangueira quando estiver lavando o carro.
Prometo fazer brigadeiro, nas tardes tediosas de domingo.
Prometo tentar virar as panquecas no ar. Prometo raspar meu cabelo todinho, se você pedir.
Prometo realizar suas fantasias mais podres... Te ajudar a superar cada bloqueio.
Mas, por favor, não chora assim. Não me deixe assim.
Prometo transformar suas lágrimas em diamantes. Desvendar os segredos da esfinge, só para te fazer mais feliz.
Quero ter os braços prontos para você, no tamanho certo, sem a angústia da falta de espaço.
Essa nossa ingenuidade nos protege.
Agora chega... sai daqui!
Vou embora. Não me deixe ir. Por favor, não me deixe ir.
Me arrasto até a porta, só pra dar tempo de você vir correndo me segurar pelo braço.
Nada. Nem um movimento, nem um sussurro, nem um suspiro.
Sua falta de cuidados está me dando solidão de presente.
9º andar. Encostada na porta vejo a janela aberta. Dez passos. Apenas dez passo pra dar cabo de todas preocupações mundanas.
Não penso. Simplesmente corro e pulo. Abraço o ar. Recebo o fim de braços abertos, com um sorriso igualmente aberto. Liberdade em queda livre.
Corre até a janela e sem conseguir respirar olha lá embaixo. Nada. Por dentro apenas o velho vazio conhecido. Nele, no alto. Nela, no chão. Perplexidade. No reaction.
Olhe só meu bem, você finalmente parou de chorar.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

9

Ah finalmente descobri que posso muito bem ir além dos cem anos, bem antes de chegar aos 25.

Nove idades para nove planetas. Nove planetas para nove signos. Nove signos para nove idades...

Em Mercúrio tenho hoje 95 anos e sou de sagitário... cavalgo estrelas.
Em Venus, no alto de meus 37 anos ganho toda a sensualidade da própria deusa que dá nome ao planeta e sou de peixes...
Na Terra, nada novo sob o sol, os mesmos 22.8 anos, que se completam 23 no próximo solstício.
Em Marte sou criança de apenas 12 anos e brinco pelo planetinha como ariana.
Em Jupiter mal aprendi a andar e sequer sei falar... completo 2 anos em 22 de julho.
Saturno e Urano me seguram como um bebê, nem um ano tenho ainda... mas tenho os ímpetos de escorpião e áries comigo.
Em Netuno e Plutão mal cheguei ao universo, nas formas de leão e gêmeos, com dias incompletos.
A idade, os signos, o aniversário, que ganham tanta mágica com o horóscopo, que podem parecer às vezes tão especiais, são mera marcação cronológica. Será que se morássemos em Mercúrio, e não tostássemos com a proximidade do sol, envelheceríamos mais rapidamente? Será que em Jupiter, nossos sonos de beleza funcionariam melhor?
É melhor mesmo crer que nosso envelhecimento independe do tempo, terrestre ou sideral, mas sim da quantidade de alegria amarradas às nossas mentes por estarmos presentes aqui, vivos...

Sua idade em todos os planetas.
http://www.minerva.uevora.pt/ticiencia/estrelas/idade_noutros_planetas.htm

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Um degrau acima

Pois é Freud... mais uma vez o lixo da ciência comprovando que as crises sociais e sentimentais do lixo humano não passam de impulsos biológicos e químicos... Proteção e perpetuação da espécie... é isso aí.

Mas, ainda assim, é estranho os seres humanos serem tão diferentes uns dos outros. Se o objetivo é a perpetuação da espécie com os melhores (subentende-se mais belos) por que não há só Brad Pitts e Angelinas Jolies no mundo?

Se é assim, vai continuar mesmo essa eterna luta pela disseminação de esperma masculino e competição pelos melhores “machos” por parte das mulheres.
Sempre em busca dos mais belos e interessantes... sempre com medo da traição, sempre com medo daquele que for mais bonito(a).
Daí, aqueles que não conseguem disseminar suas sementes mágicas, ou aquelas que não são bem comidas por um gatíssimo, tem crises existenciais e depressão por se julgarem incapazes e feios(as) demais para arranjar um par romântico.
Chegando a crer que tudo que eles realmente precisam é um par romântico, achando que tanto a vida como a felicidade são constituídas por romance, por filhos, por ter alguém do lado para envelhecer junto, ou por ter dinheiro para conseguir demonstrar poder e finalmente conseguir tudo isso (o romance, os filhos, o casamento, principalmente o sexo)...
Quando na verdade, meus jovens, é tudo pura necessidade biológica de perpetuação da espécie... a vontade de sexo, a carência, o medo da solidão, a baixa auto-estima, a vontade de casar, as paixões, o tesão e até o amor... é tudo fruto de impulsos nervosos, necessidades biológicas, químicas, instintivas corporais e primitivas de perpetuação da espécie.
Eis que é daí que vem o medo e o interesse pelos bonitinhos de plantão, surge também daí o pavor da traição... As crises de “ele não me ama”... “porque ele não olha pra mim?”... “O que será que ela tem que eu não tenho”... “essa minha amiga é muito bonita, não vou apresentá-la para meu namorado”...
É Freud, você tinha razão... todas as paixões e motivações humanas são geradas pelo simples ato e impulso primitivo do sexo.
Só os inteligentes sobrevivem ao caos da humanidade... Ghandi era gênio. Madona é sabedoria. Demasiadamente humana só Madre Teresa de Calcutá.

“NOVA YORK (Reuters) - Quem não acredita em amor à primeira vista vai pensar melhor depois de conhecer uma nova pesquisa, segundo a qual as pessoas levam meio segundo para decidir se acham outra pessoa bonita e se a consideram como um possível parceiro. 'O estudo chega aos aspectos perceptivos básicos na busca de parceiros', disse o psicólogo Jon Maner, da Universidade Estadual da Flórida, que chefiou a pesquisa. 'Ele mostra o quão rapidamente, fortemente e automaticamente as pessoas ficam sintonizadas com a atratividade física, seja procurando parceiros ou guardando seus parceiros de potenciais rivais', disse ele em entrevista.
Os autores do estudo publicado na revista Journal of Personality and Social Psychology descobriram que as pessoas tendem a se fixar em rostos atrativos até meio segundo depois de vê-las, e então as qualificam como possíveis parceiros ou rivais.
No estudo, alunos universitários viam durante 1 segundo fotos de pessoas muito atraentes ou de aparência mediana, e então tinham de olhar para outras coisas. Ao medir o tempo de reação das pessoas, Maner e sua equipe conseguiram determinar que basta meio segundo para aferir se alguém é atraente. Além disso, as pessoas tendiam a se fixar nos rostos atraentes por meio segundo a mais além do limite de 1 segundo.
Já as pessoas envolvidas em um relacionamento afetivo pareciam, ao ver as fotos, mais interessadas nas pessoas do mesmo gênero. '[Em relação às pessoas mais bonitas] nós temos ciúmes e ficamos vigilantes, preocupando-nos com a infidelidade ao tentarmos guardar nossos parceiros', explicou Maner.
O estudo também mostrou as armadilhas da fixação visual, inclusive os efeitos negativos para a auto-estima quando se olha uma pessoa atraente do mesmo sexo. Segundo Maner, essa negatividade pode estar ligada a distúrbios como a bulimia.
Outro inconveniente é que as pessoas se tornam menos satisfeitas com suas atuais relações. 'A evidência nos mostra que quando vemos alternativas atraentes aos nossos parceiros isso nos faz sentir menos satisfeitos e menos comprometidos com o nosso atual parceiro, o que claramente tem implicações para o sucesso da relação.”
Os universitários solteiros em geral se interessavam pelo sexo oposto. '[As muito atraentes] são o tipo de pessoa que podemos preferir como parceiros românticos, mas não significa que seríamos capazes de ter um relacionamento com elas, porque pessoas altamente atraentes são muito disputadas', disse Maner.
Já as pessoas envolvidas em um relacionamento afetivo pareciam, ao ver as fotos, mais interessadas nas pessoas do mesmo gênero. '[Em relação às pessoas mais bonitas] nós temos ciúmes e ficamos vigilantes, preocupando-nos com a infidelidade ao tentarmos guardar nossos parceiros', explicou Maner.
O estudo também mostrou as armadilhas da fixação visual, inclusive os efeitos negativos para a auto-estima quando se olha uma pessoa atraente do mesmo sexo. Segundo Maner, essa negatividade pode estar ligada a distúrbios como a bulimia.
Outro inconveniente é que as pessoas se tornam menos satisfeitas com suas atuais relações. 'A evidência nos mostra que quando vemos alternativas atraentes aos nossos parceiros isso nos faz sentir menos satisfeitos e menos comprometidos com o nosso atual parceiro, o que claramente tem implicações para o sucesso da relação.”

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Possibly maybe

Roubada...
Rasgada...
Dilacerada...
Cortada...
Machucada...
Usada...
Observada...
Experimentada...
Preenchida...
Apreciada...

Mas nada disso contra a vontade.
Um lugar desconhecido. Amanhecendo.
Roupas jogadas. A timidez arrancada a força.
Vergonha impede de olhar para o lado.
Olha de soslaio. Gosta do que vê.
Conforto em uma cama que não é a sua.
Aconchegada em um calor que não é o seu.
Sensação de que precisa ir embora.
Uma vontade maior a impede de sair dali.
Depreparadamente preparada para tudo que está ali.
Adorando estar ali. Encontra confiança no desconhecido.
Naquele momento ele é perfeito. Para ela isso não faz diferença.
Ele é calmo e doce. Delicioso. Brando.
Medo de desagradar. De não saber o que fazer. De não saber pra onde ir.
Medo de sair dali. Ali ela encontrou algo que acalma o dragão interno.
Morde o queixo dele. Tentando mostrar a ele a dor que ele causou.
Ele é fraco demais para isso.
Sente pena. Se arrepende. Ele não merece dor.
Não depois do modo como agiu. Agiu certo.
Ela age errado e, não dando ouvidos ao "descanse um pouco" dito de forma errada,
veste sua alma de preocupações. Quer deixá-lo em paz. Sente pena por não realizá-lo de forma plena.
Veste sua bolsa, leva as roupas a tiracolo e parte. Perturbando o sono dele para que ele possa dormir em paz.
Ela sente saudades dele até hoje. Ele não sabe. Nem ligaria.
O corpo dele guarda um segredo do corpo dela. O corpo dela está marcado pra sempre pelo dele.
Eles quase não se falam hoje. Mas ele estará para sempre na história dela.

Possibly maybe...

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

"Na tensão dos mínimos movimentos"

Fiquei meio triste mas estou melhorando. Algo entre sábado às 6 horas da manhã e o atual instante me fez feliz.

Domingo fui assistir a peça ROXO, no Satyros, na mesma praça de sempre. É lá que me sinto em casa... até solto os cabelos. Gostei bastante. Assistiria de novo, pois o texto do Jon Fosse é foda! Parecem fragmentos de diálogos... todos os pensamentos, dúvidas e incertezas ficam retidos nos olhares... na tensão dos mínimos movimentos...
Ele trata os sentimentos de maneira muito incisiva. É um texto bastante delicado. Fiquei muito comovida, fui a única... o objetivo deles era causar estranheza. Tenho a impressão de que só eu entendi os problemas das personagens. Isso não é verdade. A verdade é que fiquei muito comovida. Só não chorei porque tenho vergonha. Pra tentar manter a velha imagem de força e indiferença, ou de superioridade. Mas na verdade estava pisando em cacos de vidro.

Muitas vezes me sinto como uma personagem. Uma marionete do destino, do acaso, da vida, das circunstâncias... do que for que se encarrega de girar o mundo. Se eu fosse uma personagem eu seria de Jon Fosse.
Me deixei envolver pela peça. Me deixei envolver pelo teatro. Pelos atores. Toda minha atenção e pensamentos estavam ali com eles. Isso é raro.
Em um certo momento, o cara chora, de costas para nós. Humilhado, sozinho, sem amigos, sem garota, sem avó nem mãe pra dar colo. Eu chorei junto com ele. Mas ninguém viu. Porque ninguém nunca vê. Porque alguns até sentiram ódio dele. Mas eu senti ele. Ela sentiu também. E levou ele embora.

Mesmo acompanhada, recebi a atenção desejada. Indevidamente, mas recebi. Desculpe se eu estava chata ou introspectiva, o problema é que penso demais. Um dia você também vai notar e me falar isso.

Continuarei indo pra casa num estado meio alterado até encontrar alguém que queira cuidar de mim.

Vai perder uma boa parte dos cachinhos... gritei em pensamento NÃO!
Momentos de silêncio... não disfarça não, eu vi você olhando...
Rouba um gole da minha cerveja... não precisa pedir, é só roubar. Gosto muito.
E mais uma vez... ali na mesa do bar, senti que gosto dele. Que não posso, mas que gosto.

Foi isso. Daí tomei bronca do meu pai, por chegar em casa meia noite no domingo... Assim não dá! Não sou mais criança. Será que as pessoas ao meu redor não entendem que as horas não funcionam comigo?

Hoje eu casaria com você. Ou com qualquer um que me prometesse algo diferente. Apenas para não ter mais horas...

É isso.

domingo, 16 de setembro de 2007

Desencantando

Foi simples assim.
Ele e ela. Ela que era o quarto elemento se tornou o primeiro.
Logo ali. Um no outro e o outro no um. Bem ali na minha frente.
Eu que acreditava que amava descobri que não estava enganada.
O lance do amor é mudar o foco. "O amor é sempre o mesmo, o que muda é o objeto amado". Só eu tenho esse poder sobre meus sentimentos. Nada mais vai ajudar.
Será sempre assim.
Desencantando aos poucos. Até encontrar um novo feiticeiro.

Ainda assim a noite foi ótima. Nunca vou estragar minha noite por causa deles.
Por enquanto, diversão vem em primeiro lugar.

Que venha o próximo feiticeiro!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Sexta será...

Minha noite não promete nada.
Minha tarde será constituída por encerrar o expediente.
Ir ao salão dar um jeito nas unhas, para que um dia elas fiquem tão afiadas como as de uma gata boêmia.
Fazer a gênese de “Miss Fipps”. Estudar alemão.
Passar no sex shop e fazer umas comprinhas para o chá-lingerie de uma amiga.
Curtir o paizão que chega hoje de viagem.
Selecionar trilha sonora de guerra, medo, sofrimento e solidão.
Pensar na solução da sinuca de bico da viagem à Europa no próximo ano.
Hoje tudo o que eu queria era jogar cerveja tomando uma sinuca.

“Já usou copos de vidro como caçapa e caçapas como cinzeiro?”
Edu... esse cara sempre me traz boas surpresas.

Du, se nossa viagem juntos der certo, prepare a máquina. Para cada foto sua, um texto meu será elaborado. Vamos bolar nosso “Memorial do Andarilho”. Se nossas fotos e textos fizerem sucesso num livro, viveremos assim, viajando, fotografando e escrevendo juntos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Não... não sou hipócrita o suficiente para dizer que amo meu país. Porque não amo, ué.
Sim, gosto bastante daqui. Boas histórias. Lugarzinho interessante. Bons teatros.
Um pessoalzinho intelectualóide que só porque leu uma coisa ou outra de Bucowsky e conhece um pouquinho dos beatniks, acredita que vive fora da sociedade...que é mais inteligente, underground e superior.
Aff...
Mas a vida é assim, andamos buscando desculpas pra nos convencer de que somos melhores. Pelo menos um pouquinho.
Mas somos todos ratos sujos... do planalto às praças.
Todos queremos dinheiro, bebida, luxo e sexo. Uma coisa sempre leva a outra.
Não se esqueçam que a vida dos insetos é curta. Basta um dedo invocado para acabar com o banquete.

Meu amor, pra ser sincera...

Engraçado como algumas músicas podem traduzir nossos sentimentos e momentos incisivamente...

"Pra ser sincero eu não espero de você
Mais do que educação,
Beijo sem paixão,
Crime sem castigo,
Aperto de mãos,
Apenas bons amigos...

Pra ser sincero eu não espero que você
Minta
Não se sinta capaz de enganar
Quem não engana a si mesmo
Nós dois temos os mesmos defeitos
Sabemos tudo a nosso respeito
Somos suspeitos de um crime perfeito,
Mas crimes perfeitos não deixam suspeitos.

Pra ser sincero eu não espero de você
Mais do que educação,
Beijo sem paixão,
Crimes sem castigo,
Aperto de mãos,
Apenas bons amigos...

Pra ser sincero não espero que você
Me perdoe
Por ter perdido a calma
Por ter vendido a alma ao diabo
Um dia desses
Num desses encontros casuais
Talvez a gente se encontre
Talvez a gente encontre explicação
Um dia desses
Num desses encontros casuais
Talvez eu diga, minha amiga,
Pra ser sincero, prazer em vê-la
Até mais... (até mais)

Nós dois temos os mesmos defeitos
Sabemos tudo a nosso respeito
Somos suspeitos de um crime perfeito
Mas crimes perfeitos não deixam suspeitos."

Engenheiros do Hawaii
Pra Ser Sincero (Humberto Gessinger)

Ando tão musical hoje...
"There must be a reason for all the looks we gave
And all the things we never said before"

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Ok. Basta.

Entrei no orkut dele. Lá vi uma outra ela. Um quarto elemento em nossa história.
Realmente, nossa história não é nossa. Nem minha, nem dele. É da galera. Se é da galera, então é uma história a dois que nunca existiu.
Isso desconfigura qualquer história a dois.

Mas o que estou querendo? Nunca fomos dois... menos ainda só nós dois.

Ela, o quarto elemento, é linda... digna do mundo que o rodeia. Sim beleza é fundamental nesse mundo. Pelo menos vai levantar a moral e auto-estima dele.
Pior, ela também é de escorpião.

Ele só não sabe que está gostando do escorpião errado.

Eu estou amannndooo o ariano errado. Foda-se! Todos arianos são errados. Para as questões sentimentais são sim.

Então Fernanda D'Umbra. Sou mais uma tonta que não aprende. Estou amaaanndo. Mas logo passa.

Vou começar a mudar meu foco para os virginianos.

Deu certo com Lirinha.
Sonho estranho essa noite.
Sonhei que a Bárbara Paz me dava conselhos sexuais... (!)
Depois eu ficava presa dentro do box do banheiro. Sentada em um banquinho de plástico.

Alguém aí sabe interpretar sonhos?

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Burrecência

Não posso mais...
Ando lendo um blogs legais. Umas pessoas super pensantes. Acho que vou desistir do meu blog.
Meus pensamentos são nada, são frios, são inocentes demais, burros demais... sentimentais demais (!).
Nem quando tenho inspirações consigo produzir algo verdadeiramente belo.
Não consigo falar sobre nada relevante... preciso me antenar mais. Eu queria falar sobre política, sobre o caos, sobre o mundo... mas sempre que encosto os dedos nas teclas... acontece isso. Esse vômito sentimental.
Daí coloco todas essas aflições adolescentes, fora de época, pra fora. E não me sinto melhor.
Só lixo. Sou lixo.
"Nem pra escrever direito Fernanda?! Porra, meu!"
Mais um lado de minha vida que acabarei desistindo...
Desculpe-me Alice. Você não é tão fácil quanto parece.
Preciso de algo mais concreto. Inspirações palpáveis.
Minhas inspirações são como coitos interrompidos. Começam deliciosas, mas no momento do ápice, da explosão, perco a fonte. Nada desenrola, apenas degringola. Trava.
Me perco em pensamentos e saudades. Preciso de algo mais próximo.
Preciso de você, meu lindo, mais próximo. Viver algo com você. Sentir você.
O tempo todo vivo através de estímulos. Parece que nenhuma destas sensações é minha verdadeiramente. Vivo através dos outros. Porque a vida não acontece comigo.
Vira tudo essa masturbação intelectual e sentimental... nunca há gozo.
Eu queria muito viver de escrever, mas desse jeito dá medo de largar tudo por essa paixão, e ela também acabar me deixando.
Estou vivendo do lado de fora, enquando as ampulhetas se camuflam, levando embora todo meu tempo.
Meu pescoço continua doendo muito. E eu só consigo lembrar de você me olhando e disfarçando a preocupação momentânea. Aquele segundo de preocupação é tudo, relacionado a você, que me pertence.
Por favor, vem me fazer um carinho. Preciso do seu toque. Cansei dessa sua ausência. Vem logo, nem que seja só pra bagunçar meu cabelo.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Eu não aguento. Eu não aguento!!!
Até minhas amigas acreditavam que eu estava de boa. Forte. Sossegada, bem-resolvida, tranquila.
Mas a fé delas em mim foi que me deu um pouquinho de forças...
Mas não é verdade... a verdade é que eu não aguento.
Não estou assim tão de boa. Estou de bem, mas não de boa.
Está começando a doer... ainda mais quando eu começo a descobrir que ela ainda gosta dele. E que ele ainda pensa nela.
Ela diz que dói. Mas dói mais em mim. Ela tem todas as chances e vínculos do mundo com ele, apesar de negar. Eu não tenho nada. Realmente, nada a oferecer. Nem a fama, nem o luxo, nem o lixo.
Eu estava sossegada... na minha. Por que que ele veio me perturbar? Por que eu me deixei encantar?
Ele nem era meu objetivo no momento. Mas ele veio, bem de mansinho, cheio de molecagens.
Ele não tinha esse direito! Não mesmo! E ele nem é tão moleque para agir assim!!!
Não é justo. Ela é mais velha do que eu. Ela deveria estar estabilizada, podia até ser com ele mesmo! Assim ele nunca me perturbaria. Eu não sofreria.
Não é justo! Eu sou tão nova...
Existe idade para sofrer por amor?
Amor... uma palava forte essa, né? Vocês devem estar pensando que eu nem deveria usá-la. É tão recente Fernanda, como você pode achar que já está amaaannnndoo? Como disse o Leo: "Eu te amo não é bom dia".
Pois estou! E ninguém no mundo ama como eu. Com a mesma sensibilidade ou intensidade! Ninguém! Tenho certeza disso...
Tenho certeza. Mas não vou falar pra ele. Só pra ser rejeitada de novo, na cabeça dele isso viraria até motivo para deboche. Se ele um dia ler isso aqui e desconfiar... ele vai sumir pra sempre.
Entendeu? Leia meu querido: "Prometo nunca dizer que te amo. Pode perder o medo e ficar sossegado. Prometo nunca ficar no seu pé, nunca te controlar, nunca te cobrar, nunca demonstrar ciúme. E se você assim o quiser, prometo não mais te olhar". Ficamos combinados, então? Olhe que já comecei a não mais te olhar... por favor, não suma.
Estou tão cansada de amar sozinha. Ai, como isso ficou brega. Mas o amor é assim ué... brega!
Sei que ele tem os bloqueios dele também... ele não se entrega, nem a mim, nem a ela.
Mas eu não aguento... sou muito nova... e já estou com os sentimentos calejados...
Não é justo comigo nem com ela. Como ele pode ter tanto amor assim de duas pessoas e nós duas sem amor nenhum dele. Se pelo menos ele fosse mais direto.
Posso estar enganada... ele pode ser um outro ariano. Aquele lá dela. Talvez uma grande coincidência. Sei lá.
Por mais que eu acredite e goste de coincidências, seria uma coincidência grande demais...
Eu estava muito bem até ele aparecer. Ou até eles aparecerem.
Eu vi os dois conversando numa mesa de bar. Não ele e ela, mas ele e ele. Situação desconcertante. Bem ali, como amigos, conversando amenidades. Bem ali, os dois, me olhando. Eu fantasiando aqui imagens, sons e críticas.
Pior ainda, num dia anterior ouvi o nome dela saindo da boca dele... Ele dizia algo como: "é porque ela é assim mesmo" ou "ela faz isso porque ela é assim mesmo".
Me deu uma vontade de sair correndo e ir contar tudo pra ela. Que eu gosto dele, que ele pensa nela, que eles deveriam ficar juntos, que eles deveriam deixar o orgulho de lado e se resolver juntos... ela disse que precisa dele, eu também. Ele precisa dela. E eu preciso dos dois juntos, pra me conformar e parar de sofrer. Pra ver ele parar de sofrer. Não aguento sofrer... pior ainda se quem sofrer for ele.
Não tenho raiva, nem ciúme, nem nada dela. Esse é meu problema. Quando gosto de alguém, gosto de tudo que envolve aquela pessoa, da atmosfera aos segredos e defeitos. Como ela faz parte dele, da história dele, acabo gostando dela também. Quero vê-la bem... feliz... ao lado dele ou não. Como ela quiser.
Mas quero vê-lo feliz... só assim posso ser feliz.
Tsc! Por que ele resolveu um dia falar comigo?! Que merda!
Sou nova... para alguns talvez na idade, talvez nas experiências... Mas nos sentimentos já estou virando pó.
Meu coração já completou bodas e bodas... bodas de solidão.
Uma amiga minha diria... pelo menos ele foi sincero do começo ao fim... foi amigo. Foi "de boa".
Mas quem disse que eu estava procurando um amigo?
Preciso dizer para ele: - Desculpe, você escolheu meu momento mais carente para aparecer... quando você se aproxima de alguém, mostra interesses, fala certas coisas, age com detalhes, você corre o risco de cativar a pessoa ou de, pior ainda, dessa pessoa se apegar a você. Agora arque com as consequência... Por favor, seja digno ou no mínimo sensato.
Minha sensibilidade aos homens dói. Entendo quando ela diz que "dói aqui, ó".
Mas se ele não quer por que ainda me olha curioso quando estou preocupada com a dor no pescoço? Por que me abraça com espontaneidade e bagunça meu cabelo?
"Ai Fernanda, assim também o menino não vai poder fazer mais nada que você vai achar que é relacionado a você..." ou então "ele não pode nem querer ser seu amigo e agir naturalmente, coitado..."
"Se situa garota! Esses seus pensamentos são formas camufladas de cobranças"
Odeio cobranças...
Sei lá só queria desabafar.
Obrigada.
P.S.: Espero que o super MB venha me salvar com seu poço de delicadezas... às vezes eu acho que ele é o único além da Alice que me entende... que me capta. Te amo Super MB.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Para todos os lados errados

Só aumenta. Só aumenta!
Essa carência filha da puta só aumenta.
Assim como meu cabelo só aumenta, para todos os lados errados.
Isso não era comum. Eu não estava acostumada a esse tipo de sentimento. Não consigo me habituar. E olha que nunca tive problemas com isso. Nunca fui assim...
Mas de um mês pra cá o sentimento só faz aumentar... e judiar.
Pra que existe a carência? Sentimento composto por sensações das mais estúpidas e desnecessárias. Assim como o ciúme.
Graças a Deus não sinto o segundo.
A carência, pelo menos a minha, é como que um vazio, uma ausência inexplicável, indomável, que acelera os batimentos cardíacos, até eu achar que terei um colapso, isso tudo mesmo sem fazer um movimentozinho, daí de repente o coração cala, quase pára de bater, o silêncio chega a doer. Vazio.
O vazio dói, a cabeça acelera. Mil pensamentos de uma vez só. Mais uma vez chego a acreditar que terei um colapso, um aneurisma. Tudo some, pára repentinamente, fico vazia de tudo novamente, na cabeça e no coração.
Não sinto. Quase não existo. Nesse momento estar viva ou morta não faria a menor diferença. Eu nem saberia distinguir, pra ser sincera.
Não consigo me mecher, tenho preguiça do mundo. Vontade de esvanecer sem dar satisfações, sem avisar. Dormir pra sempre.
Uma sensação aparece... um sentimento sozinho, a carência. E tudo recomeça. Os batimentos, os mil pensamentos, o vazio e a depressão.
Hoje foi assim, meu dia inteiro.
Quero sair, mas não consigo. Quero meus amigos, mas não os encontro.
Nem escolher uma roupa consigo, pois sei ou tenho a sensação de que qualquer uma me deixará horrível... Pra ajudar, faz calor. E eu só consigo pensar que estou gorda. Quando faz calor e eu estou gorda não consigo usar pouco pano. Por isso gosto do inverno, consigo me esconder melhor. Camuflo meus defeitos. Com calor até a maquiagem borra.
Mas ainda assim, preciso passar por cima de tudo isso. Me convencer de que sou uma mulher razoavelmente atraente e de que tudo dará certo no fim da noite, mesmo tendo que voltar pra minha cama e dormir no quarto ao lado do quarto de meus pais, sozinha.
Sozinha não. Eu e a carência.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Blues...

Quem quiser me encontrar hoje nessa cidade... Sairei em busca de um blues.

Porque hoje é dia de blues com o multifuncional Mario Bortolotto... seguem abaixo as palavras do inusitado vocalista:
“Tempo Instável é : Mário Bortolotto (Voz) / Marcello Amalfi (guitarra) / Noa Stroeter (baixo) / Fernando Manoel (Teclados) e Conrado Maia (Bateria) E a bagaça é grátis. É só passar na bilheteria e pegar o ingresso. Amanhã é feriado. Ninguém tem desculpa pra não aparecer e não encher a cara com a gente depois do show. Afinal você vai acordar cedo pra que? Pra ver o desfile de 7 de Setembro?”
“Participações : Paulão (Velhas Virgens), Paulo "Picanha" de Tharso, Fábio Brum e Fernanda D´Umbra.
E às 23h Flávio Vajman vai abrir o Juke Joint (Rua Frei Caneca, 304) pra encerrar a noite tocando com sua banda "Fábrica de Animais". E tudo deve virar uma grande jam com toda a rapaziada que aparecer.
Nesse você paga a exorbitante quantia de R$ 1,00.
Fábrica de Animais é : Fernanda D´Umbra (voz) / Sérgio Arara (guitarra) / Leo Costa (contra-baixo) / Cris Miranda (Bateria) e Flávio Vajman (gaita, guitarra e acordeon)”

Simplesmente, porque o blues alimenta esse meu estado de espírito tão decadente, elegante e boêmio pré feriado...

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Dentro

É... falando em clichês, estou cansada de estar sozinha.
Estou cansada de estar sozinha e de estar a procura...
Estou cansada de ter que procurar...
Estou cansada de ter que voltar sozinha pra casa.
Estou cansada de a lua ser a única a me olhar durante a noite.
Estou cansada de não conhecer muitas coisas há tanto tempo ditas e feitas...
Estou cansada da falta de tato deles.
Cansada da ausência de carinhos deles...
Cansada dessa insensatez.
Cansada de precisar de tudo isso.
Estou cansada... estou...
Já não estou mais...
Estou me fechando pro mundo... enquanto o mundo se abre pra mim.
Isso tudo é vontade de engolir o mundo... quero o mundo na barriga. O mundo dentro de mim. Tudo dentro de mim.
Eles dentro de mim.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Preciso fazer o TCC. Preciso fazer o TCC. Preciso Fazer o TCC. PRECISO FAZER O TCC!!!
Mas a internet não me deixa... mas minha cabeça não me deixa... estou cheia de idéias e nada relacionado aos fluxos migratórios, ou às políticas migratórias, ou aos políticos migratórios refugiados, asilados, bando de filhos da puta. E eu tenho que fazer o TCC...
Vou sair daqui e pedir asilo como refugiada em qualquer outro lugar... bem longe do TCC.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Que mau humor infernal esse meu!
Até eu não estou me aguentando...
Estou sem paciência para as coisas, para os acontecimentos e principalmente para as pessoas.
Todos chegam falando alto, me tocando... não encosta, Porra!
Você não consegue falar sem encostar, não?!
Sim, eu cortei o cabelo... se não for para elogiar então nem comenta... Nem pense em chegar fazendo as brincadeirinhas do tipo "lugar-comum".
"Tomou chuva e encolheu?"
"Tirou o cabelo para lavar?"
Ai, que saco.
Ou então, a confirmação do óbvio... "Hummm, cortou o cabeeelooo?"
Não, escondi no seu cu...
Além do meu mau humor, tenho que ficar aguentando os pitacos externos... como se minhas perturbações mentais não fossem suficientes!
Daí, adoto uma postura cínica e ácida... sarcástica... e os outros, o inferno naquele meu momento, se tornam super sensíveis...
"Nossa, eu não conhecia esse seu lado!"
"Está toda engraçadinha hoje, hein?"
Mentalmente tento entor o ômmmmmmmmmmm.
De nada adianta... não encontro paz interna e não consigo me isolar... Eu grito:
- Miss Piffs! Traga os eletrodos!
Tento puxar assunto com Alice... but she is too high to remember that a world is spinning around...
Esse mau humor, será que é de fundo hormonal ou emocional?
Muitas vezes as alterações emocionais são causadas por alterações hormonais e vice-versa...
Alice acorda e murmura: - Isso pode ser resolvido com um bom p***.
Fico envergonhada. Alice é assim mesmo. Desbocada.
Eu não.
Caso com o silêncio e tento enfrentar o resto do expediente após o almoço.


Tomo uma decisão.
Mario Bortolotto? Gosto muito dele hoje, e tenho raiva de quem não gosta.