sábado, 28 de junho de 2008

Mundo II



27/06/08 - Coréia do Norte destrói o reator nuclear de Yongbyon. De acordo com o governo, a medida demonstra disposição do país em prosseguir com o desarmamento nuclear. A ação ocorre um dia após a Coréia do Norte ter entregado à China uma declaração descrevendo detalhes do programa nuclear.

That is called attitude, baby.

Mundo


Please, Free Tibet...
27/06/08 - Policial agarra manifestante pró-Tibet pelos cabelos próximo à Embaixada da China em Katmandu. Tibetanos protestam contra a política chinesa para o país.

Títere do capital

Aff... pior do que o Roberto Justus cantando só...
Não. Não há nada pior do que ele cantando.
Há sim. Ele achando que sabe e pode cantar em público. No Jô.
Até o Jô saiu de perto dele.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Hummmmm...

Hoje é sexta-feira e eu ainda não faço a mínima idéia do que pode acontecer hoje...
E isso é muito instigante, emocionante. Sei lá.

Só sei que hoje é sexta-feira e eu não tenho planos. Porque não tenho namorado. Ahá!

Hoje, no mínimo, eu conquisto uma pizza ou um lanche do Burger King. Mesmo que sozinha. Mesmo que calada.

Não tenho carro, então a polícia não pode me prender por tomar uma cerveja. Mesmo que um copo. Por outro lado, não tenho como voltar pra casa de madrugada.

Porque agora só pego carona de amigos. Porque assim não corro riscos. É dos riscos emocionais que eu tô falando... Assim não me entrego de alma e corpo por conta de uma carência nascida no vinho que eu misturei com a insegurança que sobrou da adolescência.

Assim eu fico inteira. Mesmo com um copo quebrado na mão e um sonho partido no ar.

Assim eu fico inteira.

Inteira para essa sexta-feira que ainda nem acordou.

Para essa sexta-feira displicentemente não planejada.

Vou aguardar. Diferente do que me resta, é o que me sobra.

Chibatadas,

F.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Procura-se:

Um cara que seja sensato, sincero, muito ciumento, corajoso e independente (em todos os sentidos).

*

Trilha do dia

*
É.

Arnaldo Antunes é um cara que sabe das coisas...

http://www.youtube.com/watch?v=MhVAszN8UGI

ela quer viver sozinha
sem a sua companhia
e você ainda quer essa mulher
ela goza com o sabonete
não precisa de você
ela goza com a mão
não precisa do seu pau
ela quer viver sozinha
sem a sua companhia
e você ainda quer essa mulher
que não sente a sua falta
e quando você chega em casa
ela não sente a sua presença
ela tem um travesseiro mais macio
do que o seu braço
e um acolchoado muito mais quente
que o seu abraço
ela quer viver sozinha
sem a sua companhia
e você ainda quer essa mulher

*

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Fontes


Essa imagem aí ao lado é do Catoto. O blog dele está linkado num espaço aí embaixo, à direita.

O cara, além de talentoso, é genial.
Brotam idéias na mente dele o tempo inteirim... diferente da água desse planeta problemático que vai acabar logo logo.
Guardem bem essa imagem na cabecinha de vocês...
Chibatadas,
F.

"Inexplicando-me"

O que eu quero não tem nome.
O que eu quero não tem nome.
O que eu quero não tem nome.
O que eu quero não tem nome.

Ou talvez seja pecado dar nome ao que eu quero.
E o que eu quero... ah, isso deve ser pecado.

Não consigo mais sonhar.
E se eu sonho penso que é em vão.

Porque não tem solidão do tamanho dessa que resolveu morar aqui no meu peito.

E eu não tenho mais o que fazer com essa solidão. Que não vai embora com abraço de amigo, com beijo de desconhecido, nem com carinho de mãe.

Porque cada perfume que eu passo se perde no ar. E nem o mistério nem a saudade cotidiana daquele cheiro ficam na memória de alguém.

Porque as minhas roupas já se amarrotam sozinhas, sem precisarem de braços sedentos masculinos para isso.

Porque eu não tenho irmãos ou irmãs, e sei muito bem que um dia todos meus amigos vão se casar e eu vou ser deixada de lado por qualquer amor barato que eles encontrarem em alguma esquina brincalhona.

E eu não vou ter mais colo de mãe ou abraço de pai para me confortar porque vai ser simplesmente tarde demais...

Porque não terá solidão do tamanho dessa que resolveu morar aqui no meu peito.

Quarta-feira dos desejos

Passeando pela feira nessa quarta-feira fria, menos fria do que ontem, em meio ao cheiro de peixes e especiarias... coentro, manjericão, hortelã, salsinha, e outros temperos frescos... enquanto feirantes engraçadinhos jogavam cantadas no ar numa tentativa de aumentar as vendas, observando os cães brincarem com a comida esquecida no chão, me dei conta de que o que eu procuro, aquilo que eu há tanto tempo quero e procuro, ainda não tem nome.

Simples assim.

Eu desejo algo que não tem nome.

Talvez ainda não tenha nome. Ou simplesmente não exista. Mesmo.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Calixto e seu Almondegário

E foi com muita honra que conheci o Fabiano Calixto no sábado. Tive com ele uma conversa "ao vivo". Saímos do plano virtual. Ele é uma dessas pessoas que tornam qualquer conversa agradável. Divertido e gentil, me presenteou com seu livro Sangüínea. Que tenho lido nos momentos livres e noites insones...
É fácil gostar do Calixto.

http://almondegario.zip.net/

Agradeço imensamente por realizar um dos meus sonhos de infância, inspirar uma poesia.

Beijo enorme.

Sopa de feijão sem macarrão

Não me perguntem porque é que raios eu ainda tenho um blog, ou porque é que a Marisa Orth insiste em cantar com a Elza Soares no circo do Edgar...
Eu sinto fome. Ou melhor, não sei o que é isso. Quem sabe o que é fome está para morrer disso.
Não me julguem pelo que vêem, isso é tudo que vocês têm para julgar.
Preciso confessar que não tenho mais nada para escrever por aqui.
Preciso confessar.
Não aprendi muitas coisas na vida. Não observei. Simplesmente não tinha nada para observar, ou não me importava mais.
Não me importo mais. Ah, não importa.
Uma menina que não sabe falar direito, com olhos azuis e cabelo cor de rosa, tem um programa na minha televisão. Na minha televisão.
A televisão é minha e eu não posso escolher o que quero ver ou o que deve passar.
Pelo menos eu posso escolher o que quero ler ou ouvir.
Há algo de muito errado atualmente com a música. E as leituras que prestam têm sempre esse ar rebelde adolescente, mesmo se escritos por pessoas com mais de 30 anos.
O mundo não saiu do cotidiano de aflições colegiais.
Para se conseguir algo nessa vida é necessário se transformar numa personagem/personalidade. Seja da música, dos negócios, da escrita, da tv, do esporte, da vida. No final, são tudo negócios.

Aprendi que não sou a favorita de ninguém, mas tenho certos favoritos.

Talvez eu tenha que ficar famosa para virar a favorita de alguém...

Não sei se tenho vontade. Estou ficando velha para isso.

Só não deleto tudo isso porque esse espaço é meu. E se eu não puder fazer isso num espaço meu, onde é que vou fazer?

Se eu não colocar pra fora o coração explode. Mas só explode porque eu desaprendi a chorar.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

A melhor semana

Depois de alguns presentes especiais, novidades deliciosas e descobertas interessantes, a madrugada passada foi encerrada com um delicado diálogo ao pé do ouvido saído do melhor abraço apertado...

- Eu poderia ficar assim pra sempre!
- Eu não ia achar ruim não...

Era exatamente o que eu precisava ouvir.

É isso. Um beijo.

"... e tropecei no céu como se ouvisse música..."

Indico do fundo mais fundo do meu coração.
Esse cara é altamente engajado e ainda tem alma de poeta! Um último romântico, como ele mesmo diz...
Além disso tudo é meu amigo. Grande amigo Fabrício.

http://minhascismas.blogspot.com/

Amotestimadoamigo.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Dança de salão: O músico e a atriz

¨
Sempre você vai tocar e eu vou me arrastar pro salão pra dançar.
As pessoas vão te olhar, vão me olhar, e vai ser inevitável.
Nós dois fazendo o que sabemos fazer de melhor. Você, sua música. Eu, minha farra.
E vou sim conversar com todas as pessoas que te conhecem. Cada uma.
Vou fazer sempre novas amizades.
Vou me divertir. Fazer piadinhas, fazer papelão.
Você sempre bebendo seu vinho bem educado, sendo adulado.
Eu com meu whisky, minha cerveja, minha qualquer coisa que me dê barato, na mão.
Vou me exibir sim. Para todos. Para todos. Até que você se toque e me olhe.
Me olhe direto. Só para mim. Dentro de mim.
Vou te acompanhar em cada canto dessa cidade. Dessa e de outras. Estarei em todos lugares possíveis.
Vou te acompanhar. Mas não vou te dirigir a palavra antes de sua primeira abordagem.
Salvo em algumas raras exceções. Raros momentos. Raros prazeres.
Vou te olhar. Vou te desejar. Descaradamente. Na frente de todos.
E vou esperar o troco. Vou ignorar todas opiniões sobre nós dois.
Todas condenações.
Se valer a pena assim, é porque é certo.
É porque é certo.
E nós somos certos um para o outro.

"Seus olhos e seu sorriso mastigam meu corpo e juízo"

...

Confissão para a ampulheta:

¨

Eu ando brincando com a vida e a vida está brincando comigo.

..

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Mantra

""

"São Genésio protege tua legião"

...

Algo inédito

Ganhei:

Uma poesia para as mãos e outra para um sorriso...

Fantástico.

Um pouco de história romântica...

Juro por tudo que me é sagrado que tudo o que eu mais queria (ainda quero) nesse mundo era ser atriz.
Dessas grandes novas atrizes que temos acompanhado já há algum tempo.
Mas meu pai não é músico e minha mãe não tem teatro.
Não há poetas, escritores, pintores, artistas plásticos, almas eruditas em minha família.
Pelo contrário, as pessoas da minha família nem gostam, nem se interessam, nem entendem.
Só há preconceito.
Não temos cabaré. Não tenho apoio.
Sempre gostei de televisão, de filmes, de música, de dança, de propaganda, de desfile, de roupas, de atuações impecáveis, de grandes atores, de arte abstrata, de filosofia, de bastidores, de produção, de espetáculos, de lindas histórias, de livros, de dramas, de intensidade, de poesias, de ler, daquilo tudo que me fazia sentir viva, etc, etc.
Era apaixonada pelas aulas de literatura do colégio.
Muitas coisas me aconteceram entre os 15 e 20 anos de idade que me tiraram de órbita e me fizeram buscar muitas coisas para a felicidade e segurança. Dos outros.
Deixei todas aquelas pequenas pontadas iniciais de paixão de lado. Tinha problemas reais para cuidar. Preocupações reais. Não tinha tempo para mim, para minha cabeça e meus sentimentos.
Sempre apaixonada. Assistindo tudo de longe. Buscando outros sonhos, que não eram meus.
Sempre uma expectadora da vida. Só admirando a arte como uma realidade impossível.
Uma vida inteira assistindo ao circo pelo buraco da lona. Sentindo a arte como uma pessoa cega e surda.
Mas só no ano 2006 que tive um contato com isso.
Um primeiro contato imediato.
Aos 21 anos de idade, com sorte, fui sozinha a um espetáculo chamado "O Cubo", no teatro popular do SESI, na Av. Paulista.
Fui para confirmar as suspeitas de uma vida inteira. Uma vida inteira de expectativas e dúvidas sobre qual era meu lugar no mundo.
Me apaixonei perdidamente. E nunca mais saí de lá. Nunca mais tive coragem de abandonar aquele sentimento que me invadia, e ainda invade, cada vez que eu entrava num teatro.
Aquele amor só crescia.
Passei a ir todos sábados e domingos à Av. Paulista, não perdia um peça. Sabia e conhecia todas exposições by heart.
Quando era um temporada longa, assistia à peça 2, 4, 8 vezes...
Deixava o carro em qualquer estacionamento próximo, e ficava perambulando pela Paulista e arredores. Ia no MASP, via outras exposições no prédio do SESI, assistia aqueles filmes lindos e cult do cine Bombril, HSBC ou Espaço Unibanco. E, para fechar o dia, ainda assistia uma peça.
Tudo isso sozinha.
Mas plenamente feliz.
De cada peça que eu assistia, procurava saber o nome dos atores, o nome do diretor, do dramaturgo, pegava a peça ou o livro para ler, e ainda divulgava incansavelmente.
Mas continuava sempre sozinha.
Até que um belo dia, no final do espetáculo "Timão de Atenas", o ator Renato Borghi divulgou a maratona de Shakespeare que ele e alguns colegas de elenco estavam fazendo e comentou sobre o "Macbeth" que estava em cartaz no Satyros 1, na Praça Roosevelt.
Fiz o possível para descobrir onde diabos ficava essa bendita praça. Saí do trampo às 17h pra lá do Largo do Socorro, e enfrentei todo caos da hora do rush de São Paulo, mais uma vez completamente sozinha, chegando à praça quase às 19h. Só para assistir a peça indicada. Foi ótimo, pois eu era péssima motorista e não conhecia nada dessa cidade. Não que eu tenha melhorado muito, mas tudo o que sei hoje e a forma como dirijo devo às arriscadas idas semanais à praça.
Chegando lá, estranhei mas me apaixonei mais uma vez, com mais intensidade. Outra forma de ser platéia de teatro. Contato direto com os atores, teatro mais intimista. Deslumbre.
Minha vida passou a ser assim: teatro da paulista aos finais de semana, teatro da roosevelt durante a semana. Gastos fenomenais com gasolina. Faltas na faculdade, que me trouxeram uma DP como prejuízo. Paixão e amor pelo teatro maiores a cada semana. Felicidade. Crise existencial por achar que tinha perdido minha vida inteira até ali. Que todas as escolhas que fiz foram em vão, pois não eram por mim. Mas sim pelos mais pais. Pelo gosto deles. Pela segurança deles. Pela felicidade deles.
Eu estava buscando algo que eu acreditava que se fizesse teria dinheiro de alguma forma.
Eu achava que era apaixonada pelo que eu fazia. Mas quando conheci o teatro, descobri como eu estava enganada em relação às paixões.
Descobri tarde demais. Com uma vida inteira passada e começada. Sempre fazendo tudo por fazer. Fingindo que gostava para deixar os outros satisfeitos.

Em uma família que ainda não apóia esse novo amor.

No início de 2007, passei a juntar dinheiro e procurei sim um curso de teatro. Fui no primeiro que comentaram comigo e me inscrevi. Aos 22 anos.
Estou cursando teatro atualmente. Mas agora conheço todo um outro lado dessa arte. Com mais informações acerca de estudos, contatos, pessoas e grupos influentes, falsidade do meio, dificuldades, etc, etc, etc.
Estou nisso por pura paixão, por amor!
Sei que não tenho rostinho e corpinho de meninas da Malhação, sei que posso não ser lá muito talentosa, ou que as pessoas influentes não vão com a minha cara.
Mas enquanto eu tiver esse sentimento tão forte e absurdo aqui no peito, me prometo não desistir. Enquanto eu puder pelo menos ver essas pessoas que tanto admiro, ninguém vai ter força de me tirar desse caminho. Juro.
Que bom para essas pessoas que têm família e amigos na área. Que bom para aqueles todos que ganharam na loteria genética e tem a pele, o tipo e o rosto certos e, por cima disso, talento. Que bom para quem tem papai generoso e cuidadoso. Isso é muito bom, é importante.
Admiro isso sim. Acho bacana. Como o resto dos mortais.

Mas não é porque alguns acreditam que eu não tenha o que é necessário e tentem me convencer diariamente a desistir que isso vai acontecer.

Já abri mão de alguns amores sérios por motivos muito fortes. Mas nada nesse mundo vai tirar esse amor de mim.

E é só disso que eu preciso.

sábado, 14 de junho de 2008

Celebrando sentimentos

s2 s2 s2

Continuando a onda de amor que me invadiu essa semana...

Para aqueles que eu amo. Mas só para vocês que sabem exatamente do que estou falando:

Aplausos sim. Aplausos sempre. Porque "aplausos alimentam a alma e engordam o ego"...

s2 s2 s2

sexta-feira, 13 de junho de 2008

All you need is love

s2 s2 s2














All you need is love...

E foi ouvindo essa música que eu voltei a acreditar em anjos, e no amor, e que as coisas podem dar certo ainda. Há tempo.

Depois de um show maravilhoso do Cordel do Fogo Encantado, depois de rever amigos, em pleno fim de noite do dia dos namorados, enquanto alguns se arranjavam, outros reviviam casos e amores antigos, aqueles ali exibiam brilhantes formas de trocar saliva, eu tentava estabelecer uma conversa nunca inteira com quem quer que fosse.

Mas só minha solidão dialogava.

E eu, escorada no balcão do bar, tive a noite surpreendentemente iluminada ao som de all you need is love devido a um ser do tipo dos mais loiros, carinha de gringo, cara de anjo malvado, olhos pequenos e claros, do outro lado do balcão, fazendo graça e mímica, cantando a música que embalava todos enamorados do local.

Troca de olhares e flertes divertidos a noite inteira. Aquela impressão absurda de reconhecimento do outro.

Nomes nunca revelados. O coração em tranquila expectativa. Mais olhares. Um beijo no rosto. Sorrisos que guardavam uma cumplicidade desconhecida e desconcertante.

Mais uma bebidinha enquanto o pensamento gritava: Eu te conheço! Eu te conheço! Eu te conheço!!!!!!

Mais um vinho para ignorar as sete meninas que o assediavam com mãos, poses, cabelos, vozes, bocas e unhas desesperadamente. Enquanto nossos olhares de perdiam e se pediam.

Como naquela vez, em um passado recente, talvez 2004 ou 2005, em que esse anjo, em outro bar, em outro momento, apareceu para me tirar de um poço igualmente profundo, com sua presença igualmente leve, ajudando minha auto-estima, cuidando da minha alma e nada além.

Dessa vez, mais sublime, mais sutil. Sem um toque, sem uma palavra sequer. Ambos equilibrados, mais maduros.

Se você ainda conserva aquele seu nome certo, de anjo, vem, porque eu vou te esperar para sempre. Mesmo que para isso seja necessário eu enfrentar todos os balcões de todos os bares do mundo.
Mesmo que eu tenha que cantar all you need is love, para sempre, até meus pulmões explodirem, só para você apontar para mim, daquele jeito.
E todos meus bons momentos e olhares serão seus.

Dedicado ao anjo R...

s2 s2 s2

terça-feira, 10 de junho de 2008

Sorri...

\\\\\\\
Há aquela menina ali. Aquela sentada no canto sorrindo para ninguém.
Sorrindo sozinha para ninguém ver.
Para todo ninguém que quiser ver.
Ela sorri sozinha e não sabe mais porque sorri tanto assim.
Mas sorri porque é tudo que lhe resta fazer.
Ela senta nas mesas grandes de bar.
Senta bem no meio das mesas grandes e longas de bar.
E se perde em conversas que se dividem em grupos grandes aos lados. Em todos lados.
Fica no meio participando de todas conversas sem conseguir manter inteiramente nenhuma delas.
E ela usa maquiagem e roupas bem bonitas para caminhar por ruas abandonadas, vazias e escuras.
E ela usa perfumes caros para receber nenhum abraço. Para acolher nenhum olfato.
E somente ela sabe de tudo o que ela sabe e pode saber.
De tudo que ela pode informar, e ensinar, e ajudar. Mas não há ouvido pronto para ouví-la.
Ela deixa as unhas dos pés e das mãos sempre afiadas e vermelhas, porque ela precisa se defender e disfarçar seus machucados.
Ela oculta hematomas sob as roupas, sob os cabelos, e os carrega como prêmios, orgulhosa de sua coragem absurda.
Ela caminha por caminhos secretos e apronta coisas secretas por todos esses caminhos.
E já mudou tantas vezes que deixou de sentir.
Mas sorri. Sorri daquela forma congelada que só ela sabe.
Conformada e congelada.
Enquanto ninguém percebe... ou sorri de volta.
///////

Imperdível

Para essa semana, eu indico a peça abaixo. Eu assisti três vezes.

Pois é brilhante. O elenco é lindo. E indico do canto mais fundo do meu coração pois o texto toca fundo assim. Tão lindo que dói, e faz chorar, e lava a alma...

Destaque para as atuações das meninas. Destaque para a cena do parque de diversões/roda gigante. Imperdível. De tirar o fôlego. De doer.


















"ABO- A Travessia de Ilana", de Rui Xavier com direção de Ralph Maizza
Elenco: Flávia Tápias, Mariana Blanski, Pátricia Kodjaian, Samya Enes, Vanessa Lopes e Didio Perini.
Todas as Quartas-feiras às 21:30hs
Teatro X- Rua Rui Barbosa, 399 Bela Vista

Desejo muito sucesso a todos envolvidos!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Plano Secreto

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É... chegou a hora de eu ficar bem quieta.
Me concentrar nas devidas coisas...
Tá bom, tá bom. Não pergunto mais. Vou ficar de bico calado.
Tomei o chá de simancol. Me coloquei no meu lugar.
Sei lá que limites eu extrapolei...
Mas, se exagerei, me desculpe. Minha personalidade é assim ué, espalhafatosa, descontrolada, espontânea.
Tô acostumada mesmo a ninguém saber lidar comigo...



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terça-feira, 3 de junho de 2008

Universos Paralelos

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Sentada em meio ao Stonehenge, dentro de um vestido verde escuro, ela morde uma maçã digna de contos de fadas enquanto o vento brinca com seus ondulados cabelos negros.
Do meio do topo de sua cabeça brotam pensamentos e idéias frenéticos em espiral, sobre a vida, sobre o amor, sobre o frio no estômago, sobre a alegria, sobre a magia, sobre a solidão, e sobre todas as outras coisas fascinantes da vida.
Enquanto isso, um touro bravo a encara sentada de costas e solta baforadas de cabeça baixa, concentrado, riscando o chão de verde grama com seus cascos.
Enquanto isso um milhão de alfinetes caem do outro lado do mundo, deixando-a surda e louca.
E um pássaro feito de seda nasce de dentro do fogo que ela tenta criar esfregando suas mãos.
Do centro de seu corpo redondo e miúdo brota uma energia tão intensa que faz o mundo parar para recomeçar a girar ainda mais rápido.
Ela adormece em seus sonhos de menina com uma maçã recheada de ouro nas mãos e sonha sonhos de um mundo paralelo, de um mundo imperfeito, como o nosso...

"""