Não me perguntem porque é que raios eu ainda tenho um blog, ou porque é que a Marisa Orth insiste em cantar com a Elza Soares no circo do Edgar...
Eu sinto fome. Ou melhor, não sei o que é isso. Quem sabe o que é fome está para morrer disso.
Não me julguem pelo que vêem, isso é tudo que vocês têm para julgar.
Preciso confessar que não tenho mais nada para escrever por aqui.
Preciso confessar.
Não aprendi muitas coisas na vida. Não observei. Simplesmente não tinha nada para observar, ou não me importava mais.
Não me importo mais. Ah, não importa.
Uma menina que não sabe falar direito, com olhos azuis e cabelo cor de rosa, tem um programa na minha televisão. Na minha televisão.
A televisão é minha e eu não posso escolher o que quero ver ou o que deve passar.
Pelo menos eu posso escolher o que quero ler ou ouvir.
Há algo de muito errado atualmente com a música. E as leituras que prestam têm sempre esse ar rebelde adolescente, mesmo se escritos por pessoas com mais de 30 anos.
O mundo não saiu do cotidiano de aflições colegiais.
Para se conseguir algo nessa vida é necessário se transformar numa personagem/personalidade. Seja da música, dos negócios, da escrita, da tv, do esporte, da vida. No final, são tudo negócios.
Aprendi que não sou a favorita de ninguém, mas tenho certos favoritos.
Talvez eu tenha que ficar famosa para virar a favorita de alguém...
Não sei se tenho vontade. Estou ficando velha para isso.
Só não deleto tudo isso porque esse espaço é meu. E se eu não puder fazer isso num espaço meu, onde é que vou fazer?
Se eu não colocar pra fora o coração explode. Mas só explode porque eu desaprendi a chorar.
Um comentário:
Um, e apenas um, e muy singelo, e muy simples, e muy egoísta, e muy pequeno motivo para você saber porque ainda tem um blog:
porque eu me deleito com os seus textos lindos e intensos e maravilhosos que me ajudem a preencher meu dia e que me fazem ver em você uma pessoa absurdamente maravilhosa, dessas que pouco se vê no mundo hoje em dia.
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