quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Às 2:17 am

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Se isso é tudo que eu posso ter de você, tudo bem, eu me contento com esse tudo que você pode me dar.

Não tenho ciúme do seu passado, nem tenho ciúme do seu futuro. Mas não posso negar que tenho ciúme do seu presente, principalmente quando seu presente deveria ser do meu lado.

Com o coração aquecido por um par de saudades que andei matando. Por um par de olhares que recebi. Por saber que a gente tava rindo junto daquelas histórias todas...

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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

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Frase e imagem retirados do blog da atriz Cléo de Páris:

"mas assim é que somos nós atores, cheios de cuidado com nossas bobagens,movidos a sonhos e desejos que, às vezes, viram ruínas..."

E abaixo, em foto dela também, o que restou da paixão de todos nós...




Ruínas do Teatro Cultura Artística.

domingo, 24 de agosto de 2008

Soulmates: 'till the last drop of whisky

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Eu vou casar com o silêncio.
É incrível como todo fim de noite me encontro na companhia única e exclusiva do silêncio...
Pode até haver algum sino dos ventos longínquo. Mas todos os sons estacionam na madrugada.
Mesmo que haja festa em algum lugar e pessoas rindo e pessoas namorando e gente dançando e toda china torcendo nas olímpiadas do outro lado do mundo, eu sempre tenho esse inevitável encontro marcado com silêncio.
É assim todas as madrugadas.
Olha, eu não moro sozinha. Tenho pai, mãe, cachorro, jardim, mesa de sinuca.
Toda noite eu rezo pela cia de qualquer som... mas o silêncio me abraça.
E isso não quer dizer que eu esteja em paz ou que eu tenha paz.
Quer dizer apenas que tenho silêncio.
Uma das lições aprendidas nessa vida é que a paz está dentro da cabeça do ser humano. Dentro da minha cabeça. E eu nunca estive em paz. Nem quando eu tinha 2 anos de idade.
Quixote guardou os moinhos de vento dentro da minha cabeça. Há esse eterno zumbido.
Às vezes, nem pensar eu consigo.
Mesmo em meio ao silêncio.
Mas não é uma companhia da qual eu possa reclamar.
Silêncio me faz bem...
E é por isso que vou casar com silêncio.

E vou manter o whisky como amante, mas isso é uma história completamente diferente.

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sábado, 23 de agosto de 2008

Algo Más Fuerte

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Você sabia que cada vez que penso em você ou falo seu nome meu coração mostra que habita o peito meu batendo mais forte?
Você sabia que todas as noites você aparece em meus sonhos das formas mais loucas e variadas pra me comer do jeito mais avassalador ou mesmo só pra me dar conselhos bobos?
Você sabia que passo cada segundo dos meus dias me esforçando pra não lembrar de nada seu?
E que é sempre um desperdício de energia porque você aparece toda noite?
Você sabia que adoro cada uma das manifestações do meu inconsciente porque no final das contas essas manifestações são tudo o que tenho de você?
E que me agarro a cada uma dessas manifestações
e a cada uma dessas lembranças
e a cada um desses efeitos que você imprime em meu corpo
Porque minha vida, meu sangue, meu sexo, meu cérebro e tudo que há em mim precisa de você.
E isso é tudo que tenho de você...
E isso é tudo que posso esperar de você.
E isso é tudo que posso esperar de você?

E é tudo tão ridículo porque você nunca me visita, nem nunca me lê, nem nunca se lembra, nem nunca me leva a sério... rárá. Sequer me leva a sério. E por isso mesmo nunca vai saber.
E mesmo não sabendo e não me levando a sério você não consegue me perder.

Você quer saber qual é minha vontade?
Minha vontade é chegar naquele lugar que eu sei que é certo te encontrar, passar por você sem olhar nessa sua cara de vagabundo insolente, comprar uma garrafa de vinho pra beber sozinha direto do gargalo, te cumprimentar apenas com o olhar, meu melhor olhar de desprezo, e após o último gole do meu vinho barato chegar em você e lascar um beijo nessa sua boca malcriada...

Deixando você conhecer tudo que há de mais forte em mim. E que é seu. Porque você não consegue me perder.

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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Fora da Lei - Alice Bell Confessions: Light Version

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Por toda uma existência meus sentimentos estiveram fora da lei.
E reeducá-los definitivamente não tem sido uma tarefa fácil.
Sempre gostei das pessoas erradas. Sempre me ferrei ao lado dessas pessoas.
Mas sempre gostei disso também.
De gostar das pessoas erradas e só descobrir que eram erradas muito tempo depois e de me ferrar com elas e por elas.
Talvez Freud consiga explicar tudo.
Talvez alguns amigos mais próximos tiveram razão quando me falavam sobre medo de envolvimento, e de certas esquisitices do tipo que acometem pessoas mal resolvidas.
Ando recebendo alguns elogios ali e aqui, e ando ouvindo certas pequenas declarações de amor e/ou tesão e ando achando isso tudo muito ótimo.
Se fosse possível eu me dividiria em mil pedaços, ou em todos os pedaços e e me entregaria ao amor e tesão de todas essas pessoas que me olham com olhos certos-errados e deliciosos.
Mas a vida não é assim, não é mesmo?
Não que seja proibido. Porque a vida poderia ser assim desproibida por completo.
Mas para o que ando buscando ultimamente preciso me concentrar.
E o que ando querendo requer uma certa disciplina, que é coisa que perdi por volta dos 11 anos de idade...
Deixar de ser fora da lei não é fácil, nem tem graça nenhuma, talvez sequer faça alguma diferença positiva, mas chega um momento em que essas gracinhas de peripécias adolescentes precisam ser superadas.
E eu juro que ando buscando alguém assim, maduro o suficiente pra isso.
Que queira evoluir simplesmente por já ter evoluído.
Às vezes chego a pensar que as pessoas só olham para mim e já pensam em sexo. Acho até que já ouvi isso saindo da boca de alguém direta e claramente.
O que é bom, pois nunca ouvi alguém no bar dizendo que estava com vontade de transar com a "alma ou essência" de fulaninha...
Mas isso não significa que eu me vista de forma provocante (o que eu definitivamente não faço) ou que eu tenha tal postura e atitudes (que também definitivamente não tenho).
Sou é muito moleca e boba para todo esse papo de ser irresistível e ter malícia.
E comprovadamente em 98% das vezes não percebo o que está acontecendo até alguma amiga mais espertinha me avisar.
Mas continuo insistindo em erros e estou verdadeiramente no clima de abolí-los, pelo menos, até segunda ordem.
E estou completamente tomada por aquela vontade absurda daquele cara mais velho que saberia do que eu estou falando se lesse essa baboseira toda que vou deixar aqui.
Mas como sempre, ele não vai ler, e se ler vai ter dúvida de quem ele é e não vai chegar com aquele jeito decidido e cheio de tesão que eu queria ver no corpo e nos olhos dele e eu vou mais uma vez perder o interesse por mais um cara errado.
E ele sequer vai se dar a chance de acertar.

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terça-feira, 12 de agosto de 2008

In meinem Herzen

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EU AMO TEATRO

Quanto mais tento me afastar, com mais força o teatro me arrasta de volta.

Eu amo... amo amo o teatro.

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domingo, 10 de agosto de 2008

Tic Tac Tic Tac

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The clock is ticking away
As horas que não dormi na noite passada
Consigo ouvir o barulho da geladeira pensando em gelo no silêncio frio da casa adormecida
O pó do sono já foi devidamente entregue e depositado sobre as pálpebras, segundo prescrição médica
Mas o efeito tarda no barulho incessante dos ponteiros do relógio
Os programas pornôs do início da madrugada já zombam de mim
E as luzes piscam embriagadas do sono que me roubaram
Mais uma segunda-feira sem trabalho se anuncia, só para o meu desespero
Evitei os doces e o café, mas tem noites que a insônia não precisa de razões para se tornar inevitável
O relógio me encara a noite inteira, ameaçando gritar só pra perturbar o sono, recém conquistado, se revelando perito em terrorismo psicológico
Tic Tac Tic Tac
The clock is ticking away

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Seeking

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Eu sei que sou melhor do que isso.
Mas ando tendo uma dificuldade tremenda em mostrar...

E, à parte disso, uma dificuldade absurda em sentir.

E medo. Muito medo.

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sábado, 9 de agosto de 2008

No sal do mar

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Já tem uns 4 anos que eu não vou à praia.
Isso sim é um pecado ao sul do Equador.
Uma vontade e uma necessidade de entrar em contato com a natureza, de descarregar no sal do mar.
Vontade de sol na pele. Não necessariamente no verão. Apenas um dia claro.
Vontade de deixar o mar me levar pra dentro dele.
Vontade do abraço que eu não conheço.
Ficar ali flutuando nas ondas deixando a pele queimar.
De deitar na areia observando as várias cores das pipas empinadas pelos meninos.
De sentir cheiro de camarão frito. E comer besteiras proibidas pela mãe aos cinco anos.
Saudade de ouvir as histórias que as conchas contavam silenciosamente ao pé do ouvido.
Da tentativa de fazer castelos na areia, que se resumiam a montes molhados e desmoronados. Todos castelos ruíam porque eram de areia.
Saudade de pegar punhado d'areia na mão e ficar analisando e comparando grãos.
Cheiro de protetor solar.
Corpo levemente quente à noite de muito sol do dia.
Picolé na praia. Sorvete de casquinha no centrinho à noite.
Bolas de sabão.
Água viva. Caçar corrupto.
Pegar jacarezinho. Ralar o joelho na areia do raso.
Arder os olhos de sal do mar.
Alívio da pele na água doce do banho.
Sono do fim do dia. Carregar as energias na cama.
Descarregar no sal do mar.



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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Não preciso.

É impressionante como, de repente, eu simplesmente não preciso.

E então, escrever já não me ajuda mais...

E eu não sei o que de tão bom meu futuro reserva que possa me dar força pra insistir nessa palhaçada.

Porque viver é uma palhaçada mesmo.

E eu juro que eu não sei o que eu tô fazendo aqui.

Desaba(fo)

Vou confessar que não anda nada fácil...
Às vezes parece que nunca mais vou conseguir sair do lugar.
Desse lugar que não escolhi estar.
Logo eu, que sempre apreciei mudanças, não estou vendo nada mudar.
É incrivelmente fácil acabar com a vida de alguém.
É doloroso e chato.
Eu sempre odiei expectativas. E agora vivo delas.
Viver de expectativas sem ter esperança é muito triste.
Estou achando que está na hora de mudar de novo.
Mudar radicalmente.
Mas eu não sei qual rumo tomar.
Talvez seja a hora de inventar um rumo novo. De fazer uma nova escolha.
Talvez seja mesmo a hora de radicalizar e mandar o resto todo tomar no cu.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Caixinha de música

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Estou dançando ao som de uma caixinha de música bem linda.
Uma música que parece feita de cristal.
Estou dançando como uma boneca com sapatilhas prata enquanto a corda que me deram não acaba.
Deram corda na caixinha de música e em mim.
Não sei qual de nós vai se acabar primeiro.
Mas, de qualquer forma, não fui eu quem pagou pra ver.

Para acompanhar a leitura: http://www.youtube.com/watch?v=eacQarALGzA&feature=related

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