segunda-feira, 31 de março de 2008

Mr. Downstairs Little Head

Engraçado...
Cada vez mais eu vejo que os homens, independente da raça, cor, credo, idade, origem e qualquer outra qualificação feita para diferenciá-los, se interessam por mulheres bonitas. E ponto.
São simples assim.
Se uma mulher é bonita merece atenção, do contrário não.
Por mais legais ou inteligentes que eles sejam.
É o Mr. Downstairs Little Head que acaba mandando no final.
Isso não é uma crítica.
Gosto muito deles.
Sempre preferi a amizade masculina à amizade feminina.
Eu não penso nada sobre isso.
Esse detalhe acaba vetando diversas outras coisas bem legais de acontecerem.
É muito bom estar entre eles, numa roda, conversando, bebendo, rindo.
Mas em algum momento isso vai acabar machucando alguém.
E isso acaba norteando uma sociedade inteira.
Ou vocês acham que depilações à brasileira, unhas bem feitas, cabelos sedosos, peles hidratadas, carros potentes, perfumes importados, olhares com intenções, roupas bem escolhidas, risadas exibidas, gracinhas e charminhos são simplesmente pela moda ou somente para fazer inveja aos amigos(as)?
Todos buscam a mesma coisa no final.
Todo "ter humano" é carente de atenção, de popularidade.
Todo exibicionismo reflete algo. Talvez mal resolvido.
As meninas fazem de tudo para chamar a atenção.
Os meninos disputam a atenção dessas meninas.
E eu, eu juro, que não tenho mais paciência.

sábado, 29 de março de 2008

Hoje.

Mais um sábado.
Mais outro milhão de cobranças...
E tudo que eu quero é que esse sábado dê certo.
Que dê tudo certo.
Quero querer bem as pessoas e que seja recíproco.
Quero ver os amigos e me divertir.
Quero abraços sinceros.
Vou lá tomar meu banho.
Vestir uma roupa.
Olhar no espelho mais uma vez.
Mais uma vez...

terça-feira, 25 de março de 2008

Sem fechar a porta...

Hoje eu vou olhar no teu olho.
Hoje eu vou puxar uma cadeira e sentar na tua frente de pernas abertas.
Vou olhar nos seus olhos e vou dizer.
Vou olhar dentro desses olhos castanhos. Escuros.
Vou dizer tudo o que eu quero.
Vou falar tudo que eu preciso.
E você vai me ouvir. Vai me abraçar.
E vai me beijar. Só pra me surpreender.
E você vai me fazer sentar no seu colo.
E vai me segurar pelo quadril.
Vai me comer...
Como se nossa sobreviência dependesse disso.
Alucinados. Violentos.
Proibidos e permitidos.
E nós vamos gozar juntos.
Vamos gozar num gozo tão forte e cruel que vamos pensar que estamos morrendo.
Isso, se conseguirmos pensar...
Eu, sem fôlego, vou desmaiar nos seus braços.
E, me segurando, você vai perceber que me ama.
E vai pedir que eu passe a fazer parte de sua vida.
E vai perceber que nunca mais o sexo vai ser igual.
Que só vai ser assim quando for comigo.
E você vai viciar em mim.
Vai ficar viciado na minha pele, no meu cheiro, na sensação do meu cabelo no seu rosto.
E vai pedir pra eu, ainda desmaiada, casar com você.
Eu vou, recobrar meus sentidos, vou acordar e você vai sentir medo.
Medo de mim. Medo de você.
Medo dos seus sentimentos.
Daí, vai me mandar embora. Vai resmungar e vai ser estúpido comigo.
Eu vou me arrumar sem dizer uma palavra.
Vou apenas olhar no seu olho.
Nesses seus olhos escuros.
Vou sair te dando só um sorriso, sem mostrar os dentes, de despedida.
Vou sair sem fechar a porta. Pra deixar à mostra o vazio escuro do corredor.
Pra você ouvir meus passos indo embora.
Você, ainda com seu pinto de fora, vai chorar igual criança perdida.
Simplesmente porque descobriu que me ama.

segunda-feira, 24 de março de 2008

La Môme Piaf

Hoje fui ao cinema.

Assisti Piaf...

Ainda não consegui dizer uma palavra a respeito do filme.

A respeito de qualquer coisa.

Ainda não consegui parar de chorar.

Saí assim do cinema.

Fui lá no HSBC. Saí chorando.

As pessoas me olhando na rua e imaginando mil coisas.

Mil coisas que poderiam ter me deixado daquele jeito.

Desse jeito.

Eu caminhando pela Paulista.

O filme repassando todo na minha cabeça.

Lágrimas rolando sem minha permissão.

Ao redor, o vento e o trânsito.

As pessoas caminhando. Invisíveis.

Eu caminhando, invisível.

Sabe que quando o filme acabou eu não conseguia levantar da cadeira.

Não tinha forças nem reação.

Aquele filme mexeu comigo.

Além da conta.

Me forcei a andar até o banheiro.

Entrei lá e fiquei olhando para o espelho.

Me olhando no espelho do banheiro do HSBC.

Analisando cada uma das lágrimas que insistiam em perturbar minha face.

Os olhos cada vez mais verdes.

A mente cada vez mais clara.

Foi quando resolvi andar pela Paulista.

Apesar do sentimento incontido.

O filme é lindo.

Mas é só para mulheres. Na minha opinião é sim.

Eu e la môme temos algo em comum.

Continuamos amando apesar de todos acontecimentos.

Apesar de todos tapas e tombos.

Continuamos acreditando.

Acreditando que amar pode dar certo.



"Se um dia a vida te arrancar de mim

Se tu morreres, se estiveres longe de mim

Pouco me importa, se tu me amas,

Porque eu morrerei também"


Intenso, mas eu entendo completamente...

http://www.youtube.com/watch?v=FaEl9Oa7lqQ


domingo, 23 de março de 2008

Fim de domingo

Hummmmmm...
Deu aquele aperto sufocado no peito de fim de domingo.
O coração bate pequeno.
A rua fica silenciosa.
As vozes da televisão vão se distanciando.
E só resta esperar pelo Fantástico. Que eu não vou assistir.
E há vida lá fora.
E papel de ovo de páscoa no chão.
E tudo que eu queria era um acontecimento surpreendentemente bom que me tirasse de dentro de casa pra lembrar que há vida no fim do domingo.
Porque não há barulho de crianças brincando aqui perto.
Barulho de taco e bola na rua.
Porque não tem um conforto doce e quente na minha cama.
Porque não há uma nuca deitada no meu colo e nem cabelo de menino pra eu enroscar os dedos.

Eros

Vai tomar no cu!
Esse Gael Garcia Bernal é boooooonito demais!
Vai ser bonito assim lá na minha cama, filho duma puta!
...
Foda-se, eu nem queria mesmo.

Agora, tirando essa infâmia que é a beleza daquele cara, vocês conhecem alguém que é tão bonito que chega a doer?
Ok, podem acrescentar à minha lista de manias. Sempre que vejo um cara muito bonito, ou muito charmoso, eu juro que tenho vontade de sentar no chão e chorar. Chorar mesmo. Porque dói.
É isso mesmo. Acho o cara tão bonito que chega a doer.
Dói no fundinho do coração.
E daí a vontade de chorar.
É igual ver um homem chorando. É algo tão bonito de ver que dá vontade de chorar junto.
É isso. Por isso fico tão quieta perto de certos caras.
A beleza deles ou que vem de dentro deles (sim, isso existe) me comove.

Taí o video que vai fazer vocês me entenderem... ou não.
A atriz é linda também, mas igual o Gael não tem.

http://www.youtube.com/watch?v=BqrSkfRxyPA

Mais um ontem na praça

Ontem foi bom.
Muito bom mesmo.
Vi todo mundo que eu queria ver.
Sentei no bar com quem eu queria sentar.
E muitos ouviram ou viram o que não deveriam.
Conheceram outros lados meus.
Mas não vou me desculpar por isso não. Nem por nada.
Eu só faço o que tenho vontade.
Aprendizado recente que adquiriu uma importância sem tamanho.
Vocês têm que se acostumar com isso. Comigo.
Porque eu já gosto de vocês todos por completo.
Com todos esses lados maravilhosos.

E eu vou continuar no pé de cada um de vocês.
E se tiverem algo para falar, falem na cara, na hora. Mesmo que seja algo ruim. Mesmo que seja bom.
E vou continuar a abraçar, a tocar, a beijar os ombros daqueles que julgo mais importantes.
Vou continuar a pegar em suas mãos quando conversarmos.
Porque é bom. Porque, mesmo que vocês não gostem de serem tocados, acariciados, quando não há carinho, há uma espécie de sentimento de "falta".
Há distanciamento.
Vou continuar a encarar cada um de vocês. Mesmo que vocês sintam medo. Para fotografar o rosto e o que há de especial nos olhos de cada um e guardar pra sempre na memória que me resta.
E quanto aos abraços, de acolhida ou de despedida, nunca se esqueçam do meu. Eu suplico.
Vocês não sabem como esses abraços são importantes para mim.
Me mantém viva.

O carinho de vocês, e suas brincadeiras, e seus olhares, e suas palavras me mantém viva. Muito viva.
E me sentir viva ao lado de vocês é tão gostoso!
Chega a viciar.


Ontem.
Ontem foi bom, muito bom mesmo.
Ele estava ali.
Tão bonito. Muito bonito.
Arrumado. Pra mim ele estava todo arrumado.
Mas não sei se esse arrumado era para mim.
Ele nem imagina como ele é bonito pra mim.
Tão cheiroso.
Mesmo que só do cheiro dele.
Da pele dele.
Ele estava ali. Me dando atenção.
Mesmo que por pouco tempo. Mas a atenção dele era toda minha.
Pena que eu não soube aproveitar direito o momento.
Muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. Sabe como é.
Daí eu quero viver tudo sem perder nada e acabo perdendo o melhor.
E o melhor de tudo isso é o olhar dele.
O Olhar dele me conforta. Me faz aguentar mais uma semana.
Mais uma semana sem a praça.
Mais um semana sem ele.
Sem o olhar dele.
E ele nem imagina.

sábado, 22 de março de 2008

Pra rua!

Eu vou tomar banho agora.
Vou me arrumar (talvez).
Vou me perfumar.
Vou fazer as unhas (que ainda não fiz).
Vou sair de casa.
Vou até a Paulista, assistir um filme, passear pela Fnac, tomar um vinho, sei lá!
Vou enrolar e relaxar até a noite chegar. Porque hoje é dia de peça boa no Ruth Escobar.
Porque hoje vou matar saudades da minha prima linda.
Porque hoje é dia de praça.
Porque hoje é dia de olhar nos olhos das pessoas que mais gosto nessa terra.
Porque hoje vai ser melhor do ontem (tem que ser).
Não importa o que aconteça ninguém vai tirar esse pensamento da minha cabeça e esse copo da minha mão.
Porque hoje vou exercitar uma liberdade adormecida há muito tempo.
Porque está tudo lá fora me esperando e eu só preciso ir pra rua para aproveitar.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Fim de noite

Não há amor aqui.
Há a ilusão de um possível amor.
E há solidão.
Muita solidão.
Daquela que dói.
Não há amor aqui.
Nem um pouquinho. Nem de faz de conta.
Há casa, comida e roupa lavada. Há prosperidade.
Há companheirismo de alguns raros.
Mas amor, isso não.
Não sei mais por que insisto em achar isso.
A m o r.
Em algum canto. Qualquer canto.
Numa voz bonita. Em um olhar diferente.
Numa piada ou gesto.
Por que continuo insistindo se todas evidências vão contra justamente o que ando buscando?
Por que quero algo que tudo e todos me mostram constantemente que não existe, ou que não vale a pena.
Amanhã vou me reapaixonar por cada um dos ruivos que vejo, que nem me dão bola.
Amanhã vou sair de casa sozinha.
E provavelmente vou voltar sozinha. Mais uma vez.
Bem sozinha e triste.
Com o peito cheio de dardos atirados só pra me machucar mesmo.
Vou tomar banho e não vestir nada.
Vou deitar na minha cama totalmente nua.
E de novo não vou conseguir dormir.
Vou pensar em tudo o que fiz. Em tudo o que aconteceu.
E mais uma vez em tudo que fiz. Durante a noite. Durante a vida.
Vou me lembrar que já está amanhecendo.
Vou ter qualquer idéia brilhante, como sempre tenho quando me dá sono.
Não vou anotar e vou dormir.
Pra esquecer tudo.
Vou guardar só o que foi bom.
E vou sonhar só com o que foi bom.
E vou dormir pensando nele.
Naquele ele. Posso até sonhar com ele.
Justamente ele. Que não deveria estar ali me atordoando os pensamentos e os sentimentos.
Porque ele já viveu bem mais que eu.
Porque ele já tem seus próprios pensamentos e sentimentos para se preocupar.
E eu sou só mais uma menina. Uma garotinha que aparece como uma visão sem sentido.
E o taxista que me trouxer pra casa vai ficar matutando porque uma menina assim como eu volta pra casa sozinha.
Vai se perguntar e vai me perguntar por que eu não tenho um namorado que me traz pra casa àquela hora da manhã.
E eu também vou me perguntar isso e não vou saber responder.
Vou dar a ele meu silêncio. E talvez um sorriso sem jeito.
O taxista vai pensar que sou algum tipo de puta da Augusta ou pervertida.
E eu vou ficar mais triste.
Vou pagar o táxi sozinha.
E vou procurar minhas chaves.
Abrir o portão. Abrir a porta. Olhar o céu.
Olhar o céu novamente.
Pegar uma garrafa d'água.
Um banho.
Um lençol bem gelado.
Um corpo cheio de gotas d'água.
Pensamentos loucos e insanos.
O quarto clareando e eu ficando mais triste.
Mais triste e mais só.
Até dormir.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Manias da menina

Mais ou menos, como diz uma amiga minha toda vez que saímos juntas:
"Fê, se você contasse essas coisas que você me conta às pessoas elas também diriam à você que você é estranha e louca".

Duli, esse post é pra você. E para que os outros poucos curiosos que visitam isso aqui me conheçam um pouco mais.

Minhas manias:
* Contar meus passos enquanto ando a pé pelas ruas
* Comer somente em mesas organizadas (se não estão assim eu arrumo tudo antes de comer)
* Ter uma ordem pra comer os alimentos e definir a posição certa do prato antes de começar a comer
* Pintar as unhas toda vez de vermelho, sempre da mesma cor, e xingar até minha quinta geração quando elas lascam
* Mastigar tendenciosamente do lado esquerdo
* Espirrar quando estou com sono
* Espirrar quando acordo
* Espirrar quando vou comer algo que gosto muito
* Imaginar as pessoas cagando
* Falar as falas de personagens de filmes antes delas próprias falarem (principalmente quando ainda não assisti ao filme ainda)
* Completar as frases dos outros
* Me apaixonar por trava-linguas
* Não dar satisfações, principalmente quando pedem
* Não terminar as histórias que conto (por preguiça, por me cansar de contar ou porque minha boca não acompanha a velocidade do pensamento)
* Parar de prestar atenção quando a história ou a pessoa me cansa
* Me cansar das pessoas
* Ficar acordada por pura teimosia
* Ler de madrugada
* Beber litros de água de madrugada
* Acordar no meio da noite só para olhar que horas são no relógio (várias vezes durante a noite)
* Ler 2, 3 ou 4 livros ao mesmo tempo
* Acelerar cenas do filme que eu aluguei para assistir sozinha (o suficiente para somente ler as falas)
* Subir as escadas correndo ou somente de dois em dois degraus, toda vez que subo uma escada
* Não conseguir explicar nada e desistir de explicar
* Encarar as pessoas
* Sempre que eu publico um texto aqui ou faço comentário no blog dos outros tenho vontade de apagar porque acho que está uma bosta, que meu coment é desnecessário, mas daí já é tarde demais pro arrependimento
* Quando ando na rua somo todas as placas de carros até chegar em um número só
* Fico enrolando meu cabelo quanto estou nervosa
* Quando gosto muito de algum amigo dou beijos no ombro da pessoa
* Sempre que como algo fico combinando sabores mentalmente
* Quando vou ao mercado fico dançando e cantando pelos corredores
* Entro em todas farmácias que vejo e sou acometida de ataques consumistas
* Me apaixono momentaneamente por todos ruivos que vejo


E vocês? Quais suas manias? Não adianta copiar nenhuma minha...
Achem as suas próprias manias e vamos abrir uma enquete para ver quem consegue ser mais esquisito.

Esmalte

Esse é o preço que se paga por usar esmalte vermelho.
Unhas lascadas.
HORRÍVEIS unhas lascadas.
Você não imagina como isso me irrita.
Fico até com aquele tique nervoso de pernas hiperativas.
Quero BATER em um!
O pé inquieto dentro do sapato inquieto que faz parte da garota inquieta com a mente inquieta dona das unhas vermelhas lascadas! Louca por uma acetona.
E a outra lá falando sobre a Reconstrução da Europa, da corrida espacial, da União Soviética, o mundo tá lá e a garota aqui querendo uma acetona.
E viva o "ouro que se produz, que vai se fabricando, porque tem mina de ouro, que se produz o ouro, blá, blá o ouro" e foda-se o ouro!
Não reparou que eu quero um vidrinho de ACETONA, porra!
Vou ter que dar um jeito nessas unhas. Vou ter que dar um jeeeeito.
Vou arrancar o esmalte a dentadas!
Amanhã vou na manicure. É isso. Vou lá e ponto final.
Mas tiro o esmalte ainda hoje.
E não abandono nunca essa cor.

Certo ou errado?

É muito errado querer ganhar na loteria?
É errado querer trabalhar com o que se gosta, mesmo que todos sejam contra essa vontade ou não acreditem em você? Mesmo que isso não traga dinheiro ou futuro?
É tão ridículo assim querer ter um filho e dar a ele um pai decente?
É tão retrógrado quanto parece querer casar?

Tá errado gostar de alguém e mostrar pra essa pessoa o quanto vc gosta? Sem fazer charminho, cu doce? Sem jogar? Sem perder tempo pra ficar junto logo?
É tão errado assim acreditar quando eles dizem "eu te amo"?
É errado confiar? Mesmo depois de já ter quebrado a cara um milhão de vezes?
É errado ser irônica com quem merece? E com quem não merece?
Há merecedores?

É errado ser grossa e honesta o tempo todo?
E machucar alguns por aí?
É certo aqueles que se sentem machucados se afastarem?
Tá certo as pessoas se afastarem sem nem perguntar se vc precisa delas?
Mesmo quando elas sabem que você precisa...

Tá certo elas saberem que você gosta dele e ainda, sabendo tudo que ele fez, darem razão pra ele só porque ele é um cara legal/ engraçado?
E bajulações? Tá certo isso?
E disputas de popularidade?
E ações interesseiras?

E mandar todo mundo tomar no cu?
Tá certo? Ou é errado?

De um curta da manhã de ontem:

"Destino é aquilo que sai de você e enfrenta o mundo"

quarta-feira, 19 de março de 2008

Bem debaixo do seu nariz

Filho da puta de olhar sedutor.
Sorri quando seu sorriso é meu paraíso.
Enquanto o som do violão vibra nas cordas da minha razão.
Fala para sua voz macia acariciar meu juízo e aquecer as maçãs do meu rosto.
Me olha assim mesmo. De soslaio. Procurando confirmação no meu riso cúmplice.
Enquanto meus olhos procuram paz na sua atenção.
Abusa desse charme experiente, enquanto eu finjo ou não percebo que é pra mim.
Enquanto eu rezo pra que você não solte da minha mão. Enquanto eu faço de conta que o mundo não é cruel ou hostil, comigo ou contigo.
Apesar de toda sua indecisão, te vejo assim tão perfeito.
Se você segurar minha mão te faço rei do meu conto de fadas.
Não vai embora não.
Promete que não solta da minha mão.
Que eu prometo não soltar a tua nem se cairmos.
Nunca mais você vai sentir frio.
Pois o brilho do seu cabelo me comove.
E seu silêncio me conforta.
Me deixa ocupar o lugar da tua solidão, vai?
Juro que não precisa mudar nada do seu jeito para que eu fique do teu lado.
Me desculpe se gosto tanto assim de você. Mas se gosto assim a culpa é toda sua.
Nunca vou contar sobre o quanto gosto de você, pra não mudar nada do que você é. Ou do que nós somos.
Se você pedir, pulo toda essa baboseira sentimental e me dou pra você. Até do avesso. Encaro seus fetiches e suas fantasias. Uma por uma.
Construo um novo abraço do tamanho certo. Faço um colo especial pra te abrigar.
Ouço cada lamentação e curo todas suas mazelas.
Faço a gente caber no mundo e faço o mundo caber na gente.
Me aceita vai, seu flho da puta de olhar sedutor.


http://br.youtube.com/watch?v=zoCCssAajyA&feature=related

Badablues...

Para acalentar o coração, Jazz...
Para saborear a vida, Bossa Nova.
Para a estrada, os amores e a nostalgia: Blues.

http://www.youtube.com/watch?v=PjWdeVkerYk

terça-feira, 18 de março de 2008

Don't

Não encare.
Fique longe dos olhos deles.
Bem longe. Avoid eye contact.
Pois eles são lindos. Lindos lindos.
E eles têm olhos lindos.
Olhos incríveis. Docemente sábios. Experientes.
Realmente lindos.
Tão lindos que chega a doer o peito.
Ei, deita aqui. Encosta o rosto aqui no chão.
Pra ficar bem longe dos olhos deles.
Para doer um pouco menos.
Pra esquecer o quanto você gosta deles e o quanto essa situação é difícil.
Fica aí embaixo, deitada no chão. Imóvel.
Se puder não respire.
Para passar. Pro coração parar de bater e a lembrança parar de atormentar, de doer também.
Cobre teu peito, teu seio e tua alma, porque está tudo à mostra. Você está exposta.
E desse jeito vai ficar muito fácil para qualquer flecha. Pra qualquer faca ou grito.
Vomita aqui logo tudo aquilo que te atordoa. Para doer menos.
Pra sentir menos.
Tira do peito e da cabeça e joga, bate, tritura, grita tudo nestas teclas.
Desconta esse sentimento na ponta dos dedos.
Até acalmar.
Até sussurrar.
Até silenciar todo esse sentimento.
Tudo sob controle. Tudo conforme as vontades e conceitos de Platão.
Pssssiiiiiiiuuuuuu...
Agora levanta e encara eles de frente.
Testa a dor e a razão.
Olha para esses lindos olhos.
Respira fundo e encara a sabedoria e a pureza deles.
E cala.
E segura o nó e os sentimentos na garganta.
E brinda...

segunda-feira, 17 de março de 2008

Run, Baby Run...

What the hell...
O que você tá procurando?
Se não gosta de mim pode parar por aqui!
A escolha é sua. Não vou colocar nada aqui para te agradar...


http://www.youtube.com/watch?v=-JoXkVN6xYs


Hoje já fiz de nada um pouco.
Já assisti um filme sobre Hockey feminino, já assisti o video show, estou assistindo vale a pena ver de novo e daqui a pouco vou assistir sessão da tarde.
Vocês devem estar pensando que isso é muito de uma certa emissora para um dia só.
Mas não tenho forças para mudar de canal.
Tenho que refazer meu currículo e sair por aí batendo de porta em porta, mas não tenho forças.
Nem para me ajudar.
Não sei o que vem agora e estou assustada pra cacete!
Sei que preciso dar um jeito em tudo isso...
Sei que preciso estudar mais.
Sei também que preciso ganhar muito dinheiro pois ninguém vai fazer isso por mim.
Ou daqui a pouco vou ter que começar a pagar as coisas com o corpo.
Definitivamente não nasci para isso.
Nasci sim para usar meu corpo da maneira que eu achar melhor, com quem eu quiser, mas isso não é da sua conta.
Preciso ganhar dinheiro.
Estou começando a ficar obcecada por essa idéia.
Mas não dou bola para os caminhos mais fáceis. Nem acho que os caminhos mais fáceis me fariam feliz.
Sei lá.
Ando muito sozinha e muito bem acompanhada ao mesmo tempo.


Quando a madrugada transformava sábado em domingo andei correndo pelo centro da cidade.
Vou contar direito.
Levei meus amigos para o X e lá encontrei outros amigos.
Alguns foram embora. Outros permaneceram dançando.
Ri, conversei, dancei.
Cinco minutos me tiraram dali.
Resolvi correr até o Parlapa.
Sim, correr. Literalmente correr.
Sozinha, correndo na madrugada pelas ruas do centro.
Sei lá porque. Sei lá do que fui atrás.
Passei no Amistosas, no Parlapa e no Amistosas de novo.
Passei na banca no meio do caminho. Pensei em voltar para o Parlapa de novo e acabei entrando no Amistosas.
Parecia uma louca pelo centro.
De vestido e bota, correndo. Sem ninguém saber ou imaginar. Às quase quatro horas da manhã.
Parei um pouco e sentei na calçada. Assim, sozinha. Os bares fechados.
Pensando na vida. Ofegante por ter corrido.
O cara que vendia milho talvez se declarando. Sei lá, não prestei atenção.
Pensando em como eu era estupidamente impulsiva às vezes.
Não sei o que eu estava procurando.
Tá bom, eu sei. Mas não vou contar.
Recuperei o fôlego e a consciência e voltei correndo, para adquirir dor nas pernas, correndo, correndo, correndo, correndo, até dar pontadas no fígado, em direção ao X.
Lá encontrei uma Salinas que salva.
Fiquei lá só mais um pouco.
Para falar tchau para as amigas meninas e na sequencia voltar à praça e tentar descobrir como ir embora.


Nem sei porque contei isso aqui.
Talvez porque eu não saiba guardar segredos sobre mim.
Talvez para desabafar.
Talvez só para te encher o saco.
Talvez para matar o tédio.
Talvez seja tudo mentira.


Mas é tudo verdade.
É sim.


Agora dá licença porque vou rir com o Mr. Magoo.
Vou rir infantil e estupidamente como só rio de desenhos e como não riria ao lado de um namorado, para não fazer caretas estranhas e perder o charme.
Aff...
Relacionamentos nos privam de cada coisa.
Mas não há nada como ter o calor daquele cara legal na sua pele.

sábado, 15 de março de 2008

Another Saturday Se Alumia...

É...
Eu ia postar um milhão de coisas e contar um milhão de histórias... tenho que sair daqui vinte minutos e estou vestindo toalhas e gotas d'água.
Não dá mais para contar nada.
Mais um sábado vai acontecer do jeitinho que vem acontecendo... do jeitinho maluquinho que eu tanto gosto.
Fui deitar de manhã e acordo ainda de manhã. Vou deitar só amanhã de manhã se tudo der certo.
Essa semana alguém me disse que eu não tenho respeito pelos limites do meu corpo.
Deve ser verdade.
A vida vem tentando me fazer parar. Me forçando a diminuir o rítmo... me tirou o carro, distanciou amigas e agora me tirou o emprego.
Daí vem meu pai querendo me tirar o cachorro BOB.
Ai, ai...
Mas eu não sussego, enquanto eu puder, eu não sussego.
Fica aquela calmaria que arrasta um turbilhão na manga.
Já começou.
Procura de novo emprego. Novos ares.
Há novos amigos aparecendo (eu espero que, pelo menos, esses sejam duradouros. Tô cansada de tomar tapas na cara, porra).
Há um novo amor com uma bifurcação.
Estou apaixonada por dois caras.
Não me julguem por isso. Pois acho totalmente possível.
E ainda dá para ficar pior... eles são amigos.
Vou manter esse amor dividido no plano platônico.
Assim eu não estrago eu, nem ele, nem ele.
E assim o sentimento passa. E assim eu esqueço logo.
Esqueço ele e ele.
Tive uma surpresa boa ontem. Conversei com um músico por quem tenho grande admiração, Clayton Barros.
O mais engraçado foi, depois de uma conversa super interessante e variada, ele me dizer: mas como é seu nome?
Sempre acho que certas pessoas, com as quais nunca falei, sabem meu nome e me espanto quando pessoas com quem mantenho contato periódico sabem meu nome. Tenho que parar com isso.
Ou no mínimo descobrir o nome dessa doença.
Anyways, fãs de cordel como eu... logo, logo tem novidades boas.
Tenho que parar de comer palavras, sílabas e letras...
Putz, deixa eu ir pq já se passaram os vinte minutos e além deles passaram mais 15.
Já estou seca e não consigo escolher minha roupa!
E meu pai tá buzinando aqui.
Hoje quem quiser me achar sabe onde me encontrar, mas só à noite...
Beijos queridos.
F Bello.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Sábado fui assistir “AOS OSSOS QUE TANTO DOEM NO INVERNO”

Levei uma galera comigo.

Lá no Ruth Escobar.

Logo que você entra na sala há um cara tenso segurando uma arma com um longo cano que causa aflições. O cara espera algo e a platéia acaba adotando a espera.
Enquanto a platéia confusamente se acomoda e assimila o espaço, o ator, já presente em cena, majestosamente dá início aos próximos 50 minutos que prenderão o fôlego e surpreenderão cada pensamento do ingênuo público.
Não sei ao certo se são cinqüenta minutos, ou mais, ou menos... Sei que prende suas vísceras, a cada olhar reflexivo e a cada silêncio triste dos grandes atores no palco. Sei que nem percebemos o tempo passar. Sei que os grandes atores não poderiam ser ninguém menos, ninguém mais que Nelson Peres e Mario Bortolotto. Adequados, insubstituíveis, arrebatadores. Ambos com suas interpretações inebriantes e vozes aveludadas, nos transformam em títeres que sentem os detalhes de cada uma das emoções de Carlos e Chico...
Só respiramos quando Carlos respira e temos vontade de gritar junto ao desespero do Chico.
Os sentidos são explorados pelo cheiro da bebida espalhada no cenário, pela delicada iluminação, pela voz dos atores que vibra até sob a sola dos sapatos e causa rebuliço no sangue dentro das veias. A música, uma fantástica música, sai do rádio colocado na sala da história do Chico e, quando tocada, entra em nossos ouvidos como voz de mãe tentando nos consolar e atinge certeiramente o coração no peito como faca sem corte.
O texto é maravilhoso. Há genialidade nas piadas. E por cima das piadas há verdades melancólicas.
Dá uma vontade estranha e triste de pegar os dois no colo e amamentar e ninar. E só acalmar quando eles estiverem bem acolhidos.
Saímos da peça assim, completamente encantados pelas grandes atuações, pela energia dos dois juntos.
Somos tão maravilhosamente absorvidos que não temos forças para comentar. Tudo que há para ser dito já está logo ali, no palco, na altura de seus pés, uma história que poderia estar acontecendo ali no chão da sua sala. E você é um espectador mudo. Um quidam que tem a chance de sentir todos aqueles conflitantes sentimentos.
Não vou contar nenhum dos detalhes da história ou da peça, pois cada um desses detalhes vale a pena ser vivido dentro daquela sala pequena e incrível do Ruth Escobar. Vendo aqueles dois maravilhosos mágicos no palco.
Carrego desde sábado um aperto doído mas confortável e saudosista no peito.
Vou assistir à peça muitas vezes mais.
Vou sentí-los muitas vezes mais.
Vou carregá-los nas memórias e nos sentimentos muitas outras vezes.

E acho que você deveria fazer a mesma coisa. Porque Nelson Peres e Mario Bortolotto sempre são imperdíveis. E agora eles estão juntos.
Mas corre, porque vai só até 27/04.

Há muito mais a ser dito, mas isso estraga a surpresa.

E mesmo que eu tentasse não conseguiria passar a overdose de sensações e sentimentos que eles causam em cada um da platéia.

“AOS OSSOS QUE TANTO DOEM NO INVERNO”
(Texto - Sérgio Mello / Direção – Soledad Yunge)
Aos Ossos Que Tanto Doem no Inverno. 60 min. 16 anos. Teatro Ruth Escobar - Miriam Muniz (59 lug.). R. dos Ingleses, 209, Bela Vista, tel. 3289-2358, metrô Brigadeiro. 6.ª e sáb., 21 h; dom., 20 h. R$ 20. Até 27/4"

quinta-feira, 6 de março de 2008

Medo do escuro

É.
Ando ficando velha demais e chata demais para esse mundo.
Ando legal demais para outros mundos também...
Palhaços gays na televisão são chamados de atores.
Não que eu tenha algo contra gays, nem contra palhaços. Longe de mim...
Mas é que às vezes o que eu busco parece tão distante e surreal e difícil e falso. Isso me deprime.
Mata as motivações.
Eu queria tanto uma oportunidade para mostrar meu talento, qualquer talento.
Apenas para ter uma oportunidade de fazer algo com paixão, com vontade.
Essa cadeira irritando meus rins.
Eu só queria tocar piano agora...
Ouvir a Amy, ou o Bob, ou a Tina, ou a Janis, ou o Jimi, enquanto afundo numa banheira de água quente e óleos aromáticos.
A full day spa... that's all I want.
É nada.
Quero tantas outras coisas que até dá preguiça.
Mais uma noite de várias palavras e nada de interessante para dizer.
Enquanto isso o Jason me encara da tela da televisão com um facão na mão.
Engraçado, tirando o frenético hiperativo do Fred Krueger, todos outros assassinos do horror têm uma calma surreal.
Deve ser coisa de sangue frio de assassino mesmo. Friamente calculado.
Andando calmamente, zombando do desespero alheio... torcendo pescoços, cortando gargantas, esfaqueando peitos desprotegidos, torturando psicologicamente...
Ui, arrepio.
Ando meio assim, calculadamente fria e calma, matando minhas motivações e esperanças.
Tomara que pare por aí...
Meus pais dormindo esparramados no sofá e eu com medos típicos de meninas de cinco anos... sozinha perambulando pela casa silenciosa, ouvindo só o som baixo da Tv e o ronco deles.
Sozinha... ouvindo os estalidos.
Sozinha enquanto o escuro domina cada um dos cômodos...
Sozinha.
Sempre sozinha.
Com medo.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Night-night

Eu ia postar um texto com cara de desabafo... mas estou cansada demais.
Ano passado eu trabalhava o dia inteiro, ia pro Yoga, ia pra facul, fazia tcc, fazia alemão, fazia teatro, saía sempre que podia e não sentia metade desse cansaço.
Nem sei porque ando tão cansada.

Talvez meu cansaço esteja relacionado à minha felicidade, ansiedade, ou qualquer outra mazela de mundo moderno...

Vou tentar dormir para tentar resolver...

Good night "Mo Caras"

Küssen,

F.

segunda-feira, 3 de março de 2008

S A U D A D E

Saudade nunca é uma só...
Tenho tantas saudades... da minha infância e da sensação de que cada dia era um ano inteiro, tenho saudade de ver a lua chegar no céu no final da tarde, tenho saudade de quando meu pai me acordava de madrugada virando sábado e falava para eu fazer as malas porque íamos para Marília e eu ficava assistindo o sol nascer de dentro do carro na estrada comendo fandangos e bebendo coca-cola na latinha, tenho saudade do ginásio, de ficar a toa à tarde no colégio, de fazer curso de inglês com 13 anos, de andar a cavalo na hípica de santo amaro toda segunda e quarta, tenho saudade de gostar do Márcio Nunes, tenho saudade de descobrir sensações e sentimentos novos, tenho saudade de certas vivências corporais, tenho saudade do primeiro e segundo ano de faculdade quando eu achava palpável a idéia de virar diplomata e viajar o mundo lutando pelos seres humanos e por um Brasil melhor, tenho saudade das amigas que estão partindo em busca de sonhos e das que ficaram, tenho saudade de assistir sessão da tarde na globo, tenho saudade de certas tarefas da pré-escola, de sentir cheiro de giz de cera, de comprar material escolar todo começo de ano, de assistir ao desenho do Popeye e do Pica-pau, tenho saudade de gostar de certos meninos, tenho saudade da praça Roosevelt a semana inteira, tenho saudade da Dani e da Cammys e de ir ao McDonald's com elas e de rir muito por culpa do gás hilariante do refrigerante, tenho saudade de ler revista Capricho (na minha época era muito melhor), tenho saudade de comer arroz e feijão com salsicha assistindo Chaves logo que voltava da escola aos seis anos, tenho saudade de fazer sopão para a população carente no Centro Espírita que eu freqüentava em Marília, tenho saudade de ver meu primo aprontar com os moleques da rua no Campo Belo, tenho saudade de ver meninos com seus carrinhos de rolimã, tenho saudade do meu primeiro beijo, tenho saudade de morar em Marília com suas tardes ociosas e aventuras na rua de 16 anos, tenho saudade de ir na USP descer ladeiras de grama sentada em papelão, tenho saudade de ir ao autódromo de Interlagos assistir Fórmula Truck e Stock Car nos sábados ensolarados de inverno, tenho saudade de ser uma menina muito moleca sempre metida nas aventuras de um bando de moleques skatistas vizinhos de prédio, de viajar pelas cidades próximas a São Paulo para conhecer Kartódromos mais legais, de ir a Campos do Jordão vestindo saias e meias grossas, de ir toda semana ao cinema para ver os lançamentos, tenho saudade de todos cachorrinhos filhotes que ganhei, e de todos cachorros que já me deixaram, tenho saudade do frio na barriga que me dava antes de toda competição simples de hipismo, de assistir ao MTV Movie Awards, tenho saudade de aprender muitas coisas, aprender a escrever, aprender a andar de bicicleta, de patins, tenho saudade de ir a Av Paulista nas tardes de Domingo só pra ver o que acontece por lá, tenho saudade de alguns professores, tenho saudade de um cavalo andaluz negro de nome Fidalgo que sempre me acompanhava nas aulas de hipismo e nunca me deixava cair. Tenho saudade dos irmãos que não tive, de comer pão com salame no recreio, de amigas e amigos que me marcaram muito apesar de passar muito rapidamente pela minha vida, tenho saudade de ouvir músicas medievais, tenho saudade de pegar minha câmera e filmar as reuniões de família, tenho saudade de deitar na areia sob o sol, de sentir cheiro de chuva e de grama molhada, de tomar banho de chuva como se tudo que existisse no mundo fosse aquela tarde, tenho saudade de Woodstock 69 e de tudo implícito, tenho saudade de cidadezinhas do interior da Inglaterra que nem conheço ainda, tenho saudade do amor que nunca tive.
Entre tantas coisas, tenho saudades...

domingo, 2 de março de 2008

Desce mais uma...

Mais uma daquelas noites em meio a ilustres.
Coisa que eu não faço há algum tempo... amanhecer sem planejar na praça.
Conversei e vi as pessoas que mais gosto nesse mundo.
Pessoas livres de verdade, que de certa forma me tiram da monotonia chata dessa minha vidinha de boa filha. Pessoas que sempre acabam me surpreendendo de forma boa. Pessoas que até cuidam de mim, mesmo em meio ao belo lixo de sampa.
Do começo ao fim, as melhores companhias... imprevisível docomeçoaofim!
No PPP, na calçada do Parlapa, sentada e em pé na calçada, no banco de trás do carro pegando carona, no X, a pé pelas ruas do centro olhando a avenida e ouvindo histórias de infância, no amistosos e de volta para casa.
Flashbacks da noite enchendo minha cabeça de pensamentos bons, lembrando que isso tudo aqui pode valer a pena sim.
Rindo ao lado dos caras mais legais da cena paulistana.
Matando saudades do Nelsinho, na medida do possível.
Me permitindo muitos excessos. Mas não todos, claro. Minha saúde e meu coração andam precisando de atenção ultimamente.
Fui deitar com a cabeça cheia de inspirações e palavras, e o coração cheio de alegrias, para infelizmente esquecer tudo quando eu acordo.
Ainda bem que não esqueci dos acontecimentos... esses vou levar pra sempre. A felicidade vou tentar guardar até onde eu conseguir.
Foi bom rir com aqueles caras ilustres.
Pagação de pau, coisa de fã? Se enchi o saco deles?
Foda-se.
Não consigo disfarçar ou negar quando gosto de verdade das pessoas. Apenas de algumas pessoas. Mesmo que elas não liguem para isso.