sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Para todos os lados errados

Só aumenta. Só aumenta!
Essa carência filha da puta só aumenta.
Assim como meu cabelo só aumenta, para todos os lados errados.
Isso não era comum. Eu não estava acostumada a esse tipo de sentimento. Não consigo me habituar. E olha que nunca tive problemas com isso. Nunca fui assim...
Mas de um mês pra cá o sentimento só faz aumentar... e judiar.
Pra que existe a carência? Sentimento composto por sensações das mais estúpidas e desnecessárias. Assim como o ciúme.
Graças a Deus não sinto o segundo.
A carência, pelo menos a minha, é como que um vazio, uma ausência inexplicável, indomável, que acelera os batimentos cardíacos, até eu achar que terei um colapso, isso tudo mesmo sem fazer um movimentozinho, daí de repente o coração cala, quase pára de bater, o silêncio chega a doer. Vazio.
O vazio dói, a cabeça acelera. Mil pensamentos de uma vez só. Mais uma vez chego a acreditar que terei um colapso, um aneurisma. Tudo some, pára repentinamente, fico vazia de tudo novamente, na cabeça e no coração.
Não sinto. Quase não existo. Nesse momento estar viva ou morta não faria a menor diferença. Eu nem saberia distinguir, pra ser sincera.
Não consigo me mecher, tenho preguiça do mundo. Vontade de esvanecer sem dar satisfações, sem avisar. Dormir pra sempre.
Uma sensação aparece... um sentimento sozinho, a carência. E tudo recomeça. Os batimentos, os mil pensamentos, o vazio e a depressão.
Hoje foi assim, meu dia inteiro.
Quero sair, mas não consigo. Quero meus amigos, mas não os encontro.
Nem escolher uma roupa consigo, pois sei ou tenho a sensação de que qualquer uma me deixará horrível... Pra ajudar, faz calor. E eu só consigo pensar que estou gorda. Quando faz calor e eu estou gorda não consigo usar pouco pano. Por isso gosto do inverno, consigo me esconder melhor. Camuflo meus defeitos. Com calor até a maquiagem borra.
Mas ainda assim, preciso passar por cima de tudo isso. Me convencer de que sou uma mulher razoavelmente atraente e de que tudo dará certo no fim da noite, mesmo tendo que voltar pra minha cama e dormir no quarto ao lado do quarto de meus pais, sozinha.
Sozinha não. Eu e a carência.

3 comentários:

Anônimo disse...

Oi,Fê!
Nossa,me identifiquei com vários trechos do seu texto...em alguns momentos,parecia que era eu escrevendo...tb sinto essa carência,esse vazio...é foda!
E não sei como escapar dele...se é que dá pra escapar...
Ai...não sei mais o que dizer...uma ventania passou e levou as palavras embora daqui...
Bjokas!
Te adoro!

Anônimo disse...

Amigaaaa saudades !! Estou mais na casa so Ra que em casa. Vamos nos ver? Qualquer coisa me liga um beijao!! te adoro de montão!!


Duli disse...

EU TE IMAGINO, EU TE CONSERTO...
PÁRA...O ESPELHO É TEU...A IMAGEM É VC...VC PROPORCIONA E GANHA PRAZER...
AME, SEJA AMADA E MANDE OM RESTO A MERDA...
TE AMO, VC É LINDA.
MIL BEIJOS