segunda-feira, 17 de março de 2008

Run, Baby Run...

What the hell...
O que você tá procurando?
Se não gosta de mim pode parar por aqui!
A escolha é sua. Não vou colocar nada aqui para te agradar...


http://www.youtube.com/watch?v=-JoXkVN6xYs


Hoje já fiz de nada um pouco.
Já assisti um filme sobre Hockey feminino, já assisti o video show, estou assistindo vale a pena ver de novo e daqui a pouco vou assistir sessão da tarde.
Vocês devem estar pensando que isso é muito de uma certa emissora para um dia só.
Mas não tenho forças para mudar de canal.
Tenho que refazer meu currículo e sair por aí batendo de porta em porta, mas não tenho forças.
Nem para me ajudar.
Não sei o que vem agora e estou assustada pra cacete!
Sei que preciso dar um jeito em tudo isso...
Sei que preciso estudar mais.
Sei também que preciso ganhar muito dinheiro pois ninguém vai fazer isso por mim.
Ou daqui a pouco vou ter que começar a pagar as coisas com o corpo.
Definitivamente não nasci para isso.
Nasci sim para usar meu corpo da maneira que eu achar melhor, com quem eu quiser, mas isso não é da sua conta.
Preciso ganhar dinheiro.
Estou começando a ficar obcecada por essa idéia.
Mas não dou bola para os caminhos mais fáceis. Nem acho que os caminhos mais fáceis me fariam feliz.
Sei lá.
Ando muito sozinha e muito bem acompanhada ao mesmo tempo.


Quando a madrugada transformava sábado em domingo andei correndo pelo centro da cidade.
Vou contar direito.
Levei meus amigos para o X e lá encontrei outros amigos.
Alguns foram embora. Outros permaneceram dançando.
Ri, conversei, dancei.
Cinco minutos me tiraram dali.
Resolvi correr até o Parlapa.
Sim, correr. Literalmente correr.
Sozinha, correndo na madrugada pelas ruas do centro.
Sei lá porque. Sei lá do que fui atrás.
Passei no Amistosas, no Parlapa e no Amistosas de novo.
Passei na banca no meio do caminho. Pensei em voltar para o Parlapa de novo e acabei entrando no Amistosas.
Parecia uma louca pelo centro.
De vestido e bota, correndo. Sem ninguém saber ou imaginar. Às quase quatro horas da manhã.
Parei um pouco e sentei na calçada. Assim, sozinha. Os bares fechados.
Pensando na vida. Ofegante por ter corrido.
O cara que vendia milho talvez se declarando. Sei lá, não prestei atenção.
Pensando em como eu era estupidamente impulsiva às vezes.
Não sei o que eu estava procurando.
Tá bom, eu sei. Mas não vou contar.
Recuperei o fôlego e a consciência e voltei correndo, para adquirir dor nas pernas, correndo, correndo, correndo, correndo, até dar pontadas no fígado, em direção ao X.
Lá encontrei uma Salinas que salva.
Fiquei lá só mais um pouco.
Para falar tchau para as amigas meninas e na sequencia voltar à praça e tentar descobrir como ir embora.


Nem sei porque contei isso aqui.
Talvez porque eu não saiba guardar segredos sobre mim.
Talvez para desabafar.
Talvez só para te encher o saco.
Talvez para matar o tédio.
Talvez seja tudo mentira.


Mas é tudo verdade.
É sim.


Agora dá licença porque vou rir com o Mr. Magoo.
Vou rir infantil e estupidamente como só rio de desenhos e como não riria ao lado de um namorado, para não fazer caretas estranhas e perder o charme.
Aff...
Relacionamentos nos privam de cada coisa.
Mas não há nada como ter o calor daquele cara legal na sua pele.

2 comentários:

Fabricio disse...

Chega a ser engraçado esse impulso de andar sem rumo, sem dar satisfação... Keep Walking!!!
Depois descobri, numa música do Chico sobre o circo, a síntese desse impulso: "A ARTE DE DEIXAR ALGUM LUGAR QUANDO NÃO SE TEM PRA ONDE IR".
Ah, essas noites de boemia!!!

Duli disse...

vc é maluca...

mas eu adoooooooooro!

hehehehhe

corra, corra!

beijos