domingo, 27 de julho de 2008

Ausência de nós dois

Domingo hoje, né?
Esse domingo tá com uma cara de noite de segunda-feira.
Mas não é.

Essa manhã, antes de eu acordar, você estava lá.
E ontem também. E quinta-feira também.
Mas hoje, antes de eu acordar, você já estava lá.
E estava lá me esperando de braços abertos.
Pra matar uma saudade dupla do tamanho do mundo.
Sustentando um abraço grande onde até poderia caber o mundo.
Mas coube eu. Direitinho. Toda dentro do seu abraço.
E você coube nos meus braços. Dentro do abraço mais caloroso que eu sabia dar. Todo dentro.
Mesmo eu sendo bem menor que você.
Nós ficamos do mesmo tamanho. Um cabendo nos braços do outro como se feitos sob medida.
E tudo ficou confortável. E o que estava escuro ficou claro.
Claro demais pra nós dois.
E quando isso aconteceu, eu juro que achei que você fosse embora de novo.
Mas, pra me surpreender e me agradar, você me beijou...
E foi melhor do que qualquer beijo já imaginado. Por mim e por você.
Foi melado. Porque nós dois estávamos sedentos. Muito sedentos de nós dois.
E pela seca dessa sede nós salivamos tudo o que pudemos.
Salivamos descontroladamente um no outro.
E rimos disso tudo. Dessa nossa baboseira.
Como adolescentes.
E eu achando que você não gostava de mim ouvi você dizendo que nunca me deixaria.
Confiei nisso e te entreguei tudo o que eu era.
Menos meu corpo.
Porque você tinha medo de não dar valor. E eu tinha medo de te perder.
E eu te perdi. Mas te perdi só porque nunca te tive.

E assim tem sido, todas as noites quando adormeço, todos os dias antes de acordar.
Você está lá ao meu lado.
Passamos todas as noites fazendo sexo loucamente e sem interrupções.
O único problema é constatar que você não está lá quando eu acordo.
Porque também não estava enquanto eu dormia.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que estaca no peito, Fe!!!

Beijos!
Amo-te!
Saudades!!
^^