sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Possibly Maybe: 2nd Act

A noite não prometia nada. Foi simplesmente acontecendo.
Visita à casa nova de um amigo novo. Ele acaba de se mudar. "Tudibom na casa nova!"
Passeios pela cidade com as amigas e a Cassia Eller. Carro grande e macio.
Tentações na cabeça fazendo as falas perderem os freios. Muitas besteiras ditas.
Decisões apressadas. Volta pra casa e sai de casa em busca de novas aventuras e inspirações.
Chega na praça. Ufa. Agora pode relaxar e aproveitar o momento. Uma breja. Horário de partida programado. Essas programações nunca dão certo.
A saideira virou uma saga. Conseguiram contar até a quinta saideira. Depois a breja simplesmente passou a brotar nos copos.
Reencontros. Pessoas queridas. Presenças ilustres.
Tentações na cabeça descontrolando a imaginação.
E justo quando o corpo dela mais sentia falta do seu, você reaparece.
Galanteios. Perguntas que mostravam delicadezas. Velha amizade reconquistada.
Proposta rápida. Ela conhece o papo e se deixa levar mais uma vez.
Caminham de mãos dadas para espantar o frio. Será só o frio?
Pra matar a saudade... sua pele, seu cheiro, seu gosto, seus movimentos ensinando os dela.
A dor se apresenta. Marcando mais um pouquinho. Dilacerando mais um pouquinho.
Ele, como sempre, brando. Lindo.
Um segredo: o corpo dela já sentia falta do seu há algum tempo.
É essa coisa da pele que ela tem só com você. Delícia.
O lugar não é mais desconhecido. A manhã ameaça chegar.
Roupas jogadas mais uma vez. A timidez começa a fugir.
Não olha mais de soslaio. Encara. Ele a encara de volta. Ambos sorriem.
O conforto continua naquela cama. O aconchego continua em seus braços. Num abraço do tamanho certo.
O telefone toca e estraga tudo.
Essa falta de tempo como sempre. Esse excesso de satisfações. Sensação de que precisa ir embora.
Uma vontade maior a impede de sair dali. Há confiança incerta, talvez indevida. É muito cedo e ela não sabe de nada.
Ela só sabe que ele não é mais desconhecido. É querido.
Ainda há medo. De desagradar, de fazer algo errado. Mas agora ela sabe para onde ir.
O dragão interno é novamente acalmado. Quase domesticado por um instante.
O telefone toca novamente. A rua está chamando. A realidade está chamando.
Ainda incompleto, porém bem melhor agora.
As roupas voltam aos corpos rapidamente. Ela precisa ir embora.
Eles ganham as ruas. Ele acende um cigarro para ele, e outro para ela.
Ele ainda não conhece a saudade que seu corpo causa na pele, nas curvas e pensamentos dela.
O corpo dele ainda guarda um segredo dela. O corpo dela continua marcado por ele.
Hoje eles se falam... a história continua.

3 comentários:

Duli disse...

Ai, amiga que emoção! será esse o oficial domador do dragão? será? se a dose é repitida, certamente é porque agradou, né? então...deixe-o se tornar o oficial domador, pq se domar um dragão no calor das emoções é bom, domar um dragão amando é melhor ainda. pelo menos eu acho, mas quem sou eu, né? o dragão é seu! rsrsrsr
te adoro! to esperando a gente marcar aquela conversa!
beijos

Duli disse...

atualizei, zei e zei. vai lá!
beijos

Karina Zichelle disse...

Oi, boneca de pano!!!
Texto emocionante e muito bem escrito!!! Como sempre. Vejo que novas aventuras estavam no seu caminho só esperando vc aparecer... quem sabe dizer aonde as coisas vão, agora que novos caminhos surgiram? a vida é assim,a gente escolhe uma porta, e quando entramos na sala, vemos mais portas e novamente temos que escolher mais uma. às vezes conseguimos voltar para a sala e tentar outra porta, às vezes não. E assim, vamos seguindo nessa jornada, às vezes tortuosa, às vezes emocionante, às vezes excitante!! Essa é a graça!!!
Beijokas!!
Saudades!
=]