quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Restos do que um dia não foi amor...

Esse são os restos. Meus restos. Só os restos.
Não sei se foi amor. Mas sei que dói.
Continua doendo. Mesmo após todo esse tempo.
Não é a rejeição que dói.
Dói não te ter aqui. Do meu lado.
Dói ter o coração assim tão vazio. Vazio de você.
Dói ter que fingir que estava tudo bem. Principalmente quando não estava.
Quando sua atenção não era minha.
Era dispersa. De todos os outros. Menos minha.
Menos minha. Cada vez mais menos.
Dói menos agora.
Lembro menos de você. Isso é triste.
Pois eu gostava de gostar de você.
Menos dor, menos lembranças, menos amor. Qualquer tipo de amor que eu insistia em ter por você. Agora é menos.
Até ser nada. Nada de dor, nada de lembranças, nada de amor, nada de você.
Nada.
Só nossa folia nos feriados.

Se fosse resolver
iria te dizer
foi minha agonia
Se eu tentasse entender
por mais que eu me esforçasse
eu não conseguiria
E aqui no coração eu sei que vou morrer
Um pouco a cada dia
E sem que se perceba
A gente se encontra
Pra uma outra folia
Eu vou pensar que é festa
Vou dançar, cantar
é minha garantia
E vou contagiar diversos corações
com minha euforia
E a amargura e o tempo
vão deixar meu corpo,
minha alma vazia
E sem que se perceba a gente se encontra
pra uma outra folia

Oswaldo Montenegro

Um comentário:

Duli disse...

ainda resta a lembrança e a saudade do que um dia não foi.
resta o sentimento, mais profundo, de quem uma dia pôde sentir o amor.
Não diga que não foi nada.
Nem diga q acabou.
"Os sentimentos e as relações com as pessoas não acabam: apenas se renovam, se transformam e amadurecem com a gente."
beijos