quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Cyber Talks

Resposta a um amigo no orkut...

Achei divertido. Queria compartilhar. Mais uma vez.

"1º O blog é: www.cabarepsicodelico.blogspot.com

Mas não ando numa fase boa de escrita.

Não, não sou sado. Só estou do lado de fora. Não participo. Talvez por escolha.

Não estudo nada que estude a massa, a humanidade, o homem, ou derivados.

Não me integro porque nasci uma outsider.

2º Ponta do pelo do coelho??? Agora quem me deve explicações é você.

Não sou lunática. Talvez eu pense demais. Talvez eu seja realmente uma lunática. Mas prefiro acreditar que ainda não. Assim é mais confortável. Também não há mundo paralelo. Há sim um mundo dos seres humanos de verdade. Mas daí é outra teoria.

Se eu digo que a cidade morreu, não é porque eu odeio o mundo, a vida, a cidade, ou porque não me enquadro, ou não pertenço. Não é nenhuma dessas crises existenciais “emos” ou de sentimentos mal resolvidos na infância.. Se eu digo que a cidade morreu é porque ela realmente está morta há muito tempo. Com pessoas que agem como se estivessem mortas. Sem raciocinar. Se deixam levar por quaisquer influências. São comuns demais. Despreocupadas demais. Inconscientes, frias. Submetidas, subjugadas. Caracterizando, compondo uma cidade sem seres humanos reais. Uma cidade morta. Um país morto. Um mundo morto.

Daí a personalidade blasé. A falta de interesse no que está ao redor. A sensação de já ter visto, ouvido, vivido tudo. Da previsibilidade das pessoas.

Ao mesmo tempo em que sei que há sensações, sentimentos, momentos, que compensam toda essa previsibilidade e monotonia da vida. Daí a vontade de viver intensamente a cada rotação da Terra. Uma vontade que essa intensidade dure eternamente. Como se respirar tivesse o efeito de uma boa “bala”.

Nietzsche, Bukowsky, Bertollucci, esses caras decifraram o ser humano. O Homem. As dunas em que escolhi sentar foram construídas por eles. Partilhamos da mesma linha de raciocínio. Estamos do lado de fora do parque olhando para a roda gigante.

Se luto? Não luto, não vale a pena. Se luto? É uma luta silenciosa. Faço quantas cabeças eu quiser, quantas eu puder. Mas somente aquelas que acredito terem potencial. Somente aquelas que eu escolho.

Demorei um ano? E você? Vai precisar de um ano para continuar me analisando estudante de psicanálise?

Gostei desse meu desabafo. Vai pro blog na íntegra.

Beijos e piruetas no miolo do vinho com as unhas vermelhas..."

2 comentários:

Karina Zichelle disse...

Oi, linda!!
Muito bem escrito e explicado esta sua conversa orkutiana. rs Eu e vc seguimos essa mesma linha, vemos o mundo com os mesmos olhos. É bom ver que não estou sozinha nisso, que não é uma maluquice da minha cabeça. Nós tiramos os óculos escuros que nascemos para usar. Acho que realmente vvemos numa matrix, mas não uma matrix controlada por máquinas, uma matrix intelectual.
Beijinhos!
\o/

Duli disse...

é realmente complicado falar de si mesmo, se abrir, se expor.
ouvir comentários, críticas e elogios.
cada qual com sua visão do mundo. só nós podemos entender o q realmente se passa aqui dentro.
beijos