quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Uma noite rápida no gatilho

Mais uma noite despretensiosa.
Mais uma noite de zoeira, beer, drugs and blues na praça.
Todos os rostos conhecidos por lá, mais uma vez...
Minhas amigas queridas dentro da bolsa, espalhafatosamente em todos os cantos.
Cada uma de olho no seu cada qual.

Antes de qualquer coisa, peça linda de nome "ABO - A travessia de Ilana".

Assistam, terças, às 21:30h, até meados de dezembro.
Uma peça de visão feminina, que comove até os mais brutos machões.
Sensível, linda. Elenco jovem, da praça, eles mandam muito bem.
Uma peça sobre sentimentos que só as mulheres têm força para enfrentar.

Pós peça, "sociabilizações".
Encontro com novos velhos conhecidos.
A galera aumenta. Saideira à uma da manhã?
Duvido.
Amiga linda liga vindo de outra festa, dizendo para aguardar sua chegada na praça.
Sua chegada põe fogo no lugar.
A zoeira começa.
Histórias novas das amigas.
Histórias velhas se reencontrando.

Meus antigos dois meninos estão no recinto.
Um deles me dá a atenção devida. Leve. Me cumprimenta.
Como sempre deveria ter sido. Sem maldade. Sem cobranças, sem expectativas.
Apenas como bons amigos. Nem tão bons assim ainda, mas dê tempo ao tempo.
Tudo será superado. E seremos apenas bons amigos. Sem essas pontadinhas que vão e voltam aqui dentro.

O outro menino chega tardiamente na praça. Sempre lindo e brando.
Dá atenção à minhas amigas. Mas me dá atenção também.
A devida atenção. Me deu, despercebidamente, carinho também.
Se diverte comigo. Me divirto com ele.
Nos divertimos às custas um do outro.
Várias indiretas.
O banheiro ganha uma história para contar.
Com a visão de nossos all stars sujos por baixo da porta.
Tudo na maior discrição, se não fosse o flagra de uma das amigas.

Batem na porta e voltamos com a maior cara lavada do muuuunnndo.
Um de cada vez para disfarçar.
Ninguém no bar desconfia da bagunça. Exceto aquela ali que já sabe porque viu.
"All Stars vão pro blog".
Aguardamos uma boa história.

Quanto ao outro, descubro da boca do melhor amigo dele que nada foi dito.
Que ele me respeitou. Sempre.
Mesmo após ter ouvido da boca das amigas dele que "homens comparam" suas histórias, suas mulheres.
Mas ele me respeitou.

E isso me fez acreditar mais uma vez que eu gosto muito dele.
As pontadinhas no meu peito vão e voltam mais uma vez.
Crença que eu gostaria de perder. Sentimento que eu gostaria de perder.
Peço um selinho a ele.
Não em mim, mas na minha amiga.
Realizam meu desejo, ambos. Através de meu pedido realizo um desejo dele.
Só os tontos não percebem. Fica dado meu presente, Don Juan.
Afinal, não nos pertencemos.

O menino brando fica me instigando.
Ele diz: "Fernanda, ainda vou te pegar de jeito!"
Ela diz: "Bom mesmo, pois você está me devendo".
Engraçado, já ouvi essa história antes...
Violenta e preocupante. Terminou mal. Terminou muito bem.
Agora só resta o tempo passar para as pontadinhas aqui dentro passarem.
Mas logo passa.

Menino brando e eu nos rodeamos e ficamos de segredinhos.
Ouço da boca dele que meu segredo está bem guardado.
Me deixo acreditar. Me faço acreditar.
Vou filando mais alguns cigarros.
Ficamos de brincadeiras. Mas somos discretos demais.
É bom. Um menino não pode saber do outro.
Ele me convida a "deixar a mochila lá em casa, rapidinho".
Essa é outra história que conheço muito bem.
Neguei. Não neguei o privilégio do ato.
Neguei no troco. Troco por ter me negado a mesma coisa há algum tempo atrás.
Neguei porque agora quero algo seguro e sério, mais maduro.
Um namorado talvez.
O menino brando, puto ou não, vai embora. Bom mesmo, pra acabar com a putaria de resolver certas frustrações de fim de noite. Eu não sou descarga ou ponto de descarrego, caralho!
Quem me quiser agora, vai ter que penar.

Essa noite estava lá também aquele meu ruivinho. O mais velho.
Ele olhou para todas as minhas amigas, e no meio tempo olhou para mim também.
Foda-se. Ele olhou pra mim.
Veio me falar oi e tchau. Sabia meu nome.
Me chamou de brava.
Pois sou mesmo. Vá se acostumando. Porque quando eu mostrar o anjo que posso ser, você não vai querer ir embora. Então, acostume-se com minha braveza. Ainda desenrolaremos algo. Prometo.

Fiz amizade com um cara que está sempre na praça. Esse sabe de tudo.
Pois quando estão todos alterados, ele continua inteiro. Vê tudo, sabe tudo.
Ele sabe quem chega ou vai embora, em qual horário, com quem...
Ele já meu viu tanto no pedestal quanto beijando a boca do lixo.
E essa noite viramos amigos.
Ele me deu conselhos...
"Nunca pense que em um bar você vai conhecer e beijar um cara que de cara vai querer te namorar... No bar os homens estão por acaso, pela zueira, pela curtição, pelos amigos, não para achar um amor."
"É fácil lidar com os homens. Para que eles te dêem valor você tem que pisar neles. Pise mesmo. É isso que eles merecem. Seja poderosa. Só assim que eles cedem e vêm atrás."

Terminamos a noite na padoca. A galera junkie de sempre.
Dei conselhos a um menino de 23 anos. Que não sabe, mas ainda vai sofrer tanto por amor.

É isso.
Estavam eles lá. O Don Juan, o menino brando e o ruivo.
Olhei para os três. Me ofereci discretamente para os três.
Apenas um me entendeu. Esse sempre me entende.
Esse sempre tem umas atitudes du caralho! Sempre me seduz.
Eu poderia gostar dele, ou do ruivo, ou do outro ruivo (nossa... na praça sempre há uma certa concentração de ruivos. Eu adoro!).
Eu poderia gostar de quem gosta de mim.
Mas ninguém tira a máscara. Ninguém decide ou assume o que quer.
E as pontadas no peito vão e voltam pelo cara mais errado.

Ponto a ser considerado da noite: O tempo todo eu estive esperando meu anjo-palhaço ou meu músico.

"Não sou volúvel, sou volátil" - Amigo Renato.
O que quero dizer, meu bem, é que se você considera que me interesso por pessoas demais ao mesmo tempo, não é um defeito de meu caráter. Não sou fácil.
Talvez eu seja sim inconstante, mas só porque você, meu bem, não cuida de mim como deveria.
Acabo perdendo o interesse facilmente. Cabe a você tentar me reconquistar.
Todos têm a chance de me conquistar, quero ver é conseguir.
Enquanto isso, vou me divertindo com os caras errados.
"Girls just wanna have fun"

3 comentários:

Duli disse...

olha! q noite, hein?
percebi as coisas q se repetiram, coisas q vc havia me contado, e tb as coisas novas, suas atitudes, td novinho, td renovado!
vc sabe q eu acredito nas suas decisões, q vc sabe o q é bom pra vc...
sempre mto divertido, né?
a gente oscila mesmo entre os caras certos e os errados, mas o importante é sempre ganhar mto com isso e não ganhamos?
ganhamos diversão, prazer, risadas à toa, histórias para lembrar e relembrar!
e isso aeeeeeee! se joga! hohoho (eu uso a risada do papai-noel agora!)
ah, tenho q te perguntar algo, mandarei por e-mail, tá?
beijokas

Karina Zichelle disse...

OI, linda!
Que noitada, heim?
Eu estou precisando de ums noitadas lá na Praça!! Mesmo! Estava pensando assim, sabado depois do macu, vamos tds pra Praça?? Temos que levar a Bia! E eu preciso conversar com vc!!
Beijokas, linda!
Boa sorte pra vc em tudo!
=]

Blower's Daughter disse...

Oi,Fê!!!
Ai,tantas coisas acontecem nessa praça,eu preciso passar mais tempo lá,hahahaha
Adorei seu texto!Eu adoro como vc escreve os acontecimentos e como vc fala mesmo,pode até ser que oculte mta coisa,não sei,mas vc me passa mta verdade e sinceridade.
Ai,fiquei com vontade de ver essa peça que vc falou!
"Girls just wanna have fun",é isso aí!!!
Bjokas!
Te adoro!!!