quinta-feira, 29 de maio de 2008

T T T (legenda: tudo tende ao tédio)

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Estou a poucos passos de cometer suicídio sócio-virtual.

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quarta-feira, 28 de maio de 2008

Diálogos familiares

Fernanda, volta o rosto para sua mãe e diz (amável):
- Tô com uma vontade de fazer uma viagem...
Mãe: - Ahn?!
Fernanda (ainda amável): Vontade de fazer uma viagem para um lugar novo, sabe?
Mãe: - Fazer o quê?
Fernanda (perdendo a paciência, séria): Uma viagem para um lugar novo, sabe?
Mãe: - Pra onde?
Fernanda (irritada): Um lugar NOVO!.
Mãe: - Que lugar novo?
Fernanda (alterando a voz): Não sei, UM LUGAR NOVO! NÃO SEI QUE LUGAR!!! SÓ UM LUGAR NOVO! VONTADE DE CONHECER UM LUGAR NOVO! SÓ ISSO.

Cenas diárias

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Cena 1: Perto do centro da cidade, ou talvez mais pra lá, o sol batendo na cara. Em uma calçada qualquer, um cara, desses que vendem artesanato na rua, sentado no chão se coçando, bem sujo, sujo-sujo-sujo, de fuligem, de poeira, de qualquer sujeira costumeira, se coçando todo.
Cabelo ruivo/loiro sujo, alto como um europeu, olhos azuis, mais azuis que o céu, azuis no tom que eu gosto, aquele azul que é quase marinho. Todo queimado de sol, dourado por debaixo da sujeira. Barba por fazer como era de se esperar. Corpo de surfista. Uma visão em pleno centro de São Paulo, às 14 horas, em meio ao caos diário.
Enquanto minhas memórias ouviam algum dia alguém comentar que o amor de minha vida poderia estar em qualquer esquina, eu torcia para que aquela fosse a esquina certa e desejava ser extremamente rica, a ponto de resgatar aquele ser humano estúpida e ofensivamente lindo das ruas, dar banho, dar comida, dar educação, dar cama, dar amor e carinho, e acabar sendo traída por ele com qualquer outra mulher, pois no fim das contas ele é homem e ingrato, como o resto.

Cena 2: Dentro de um restaurante libanês, comendo comida típica, incluindo o fantástico, e descoberto recentemente pelo meu paladar, pão folha. Conheço um doce, que não consegui guardar o nome ou algo além da forma física, feito com massa folhada, enrolada/dobrada um milhão de vezes em torno de um recheio de nozes e adoçado e umedecido devidamente com mel... Essa foi a impressão da primeira mordida. A mágica da descoberta de o que seria aquele doce. Na segunda mordida houve a assimilação dos sabores maravilhosos misturados. Na terceira mordida a imagem da tranquilidade do mar da pérsia. Quarta mordida: Dentro de um palácio oriental, com telhados em formato de tetas, pé direito alto, devidamente construído para ser um lar fresco, entra o ar morno mediterrâneo, enquanto o sabor do mel envolve a língua, garganta, sentidos... Quinta mordida: uma nostalgia de um amor difícil e intensamente vivido. Sexta mordida: tristeza e concentração por ser a última mordida.
Fim do doce: sensação de ter comido algo feito com magia e sentimento. Com pureza. A quebra perfeita do dia. Um sopro de nova energia e sono ao mesmo tempo.

*
*

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Devo dizer...

Cuidado comigo.
Por favor, tomem cuidado comigo.
Porque eu não tenho nada a declarar ultimamente, e ando dando uns foras animais.
Falando muita coisa sem sentido, sem pensar por aí.
Porque eu ando vivendo de menos.
Sentindo essa anestesia que vem sendo aplicada em doses homeopáticas, ou seriam doses homéricas?
Me rasgando, me revelando e decepcionando pessoas.
Decepcionando da forma mais estúpida e simples que há.
Porque nesses 23 anos foi tudo o que aprendi a fazer.
Só aprendi a destruir expectativas.
E como boa filha única que sou, aprendi muito bem a ficar e a me manter sozinha.
Bem sozinha.
Agora eu sei o que é acordar de manhã e não saber mais se é realidade ou sonho. Não saber se já é amanhã, ou se é ainda ontem, ou sequer se é hoje.
Confundo memórias e horas.
Confundo nomes e rostos.
Não consigo mais guardar ninguém na memória. Ou no coração.
Desaprendi a escolher e sequer querer caminhos para seguir.
Tanto a tranquilidade quanto a felicidade são duas das constantes mais chatas.
Até agora não entendi por quê a paixão não pode ser uma constante...
Até agora não aprendi muita coisa.
Só aprendi, com cada pessoa que conheci (sem exceções, ou seja, isso inclui você), a ser superficial e falsa.


P.S.: Odeio novela!
6 pedidos de casamento na novela das 8.

domingo, 25 de maio de 2008

"Quoting me"

"...eu quero sair de casa me sentindo bem bonita, mesmo que qualquer panaca tente me convencer do contrário ao longo da noite. Como sempre fazem. Mas isso é só porque tem muitos panacas espalhados por aí.
Rárá... muitos panacas mesmo. Eu poderia apontar um monte brincando de pular amarelinha."

E isso, agora, basta.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

A vida pulsa novamente

De pernas abertas dentro da camisola de muitas guerras, em frente ao notebook, meu velho Jack, escrevendo...
Ouvindo o amigo dos espertos: Lou Reed.
Me preparando para sair de casa e ir afiar minhas garras porque essa noite promete.
Porque, como uma amiga minha disse no orkut, é hoje que a roosevelt vai tremer.
E eu digo que não só aquela praça enfeitiçada mas a cidade toda vai tremer.
Porque hoje voltei a sentir aquele sabor de boas mudanças no canto do céu da boca e meus olhos estão piscando lentamente de sabedoria pervertida.
Porque hoje além das garras resolvi afiar meus pensamentos e minha língua e prometo que estarei imperdível.
Porque hoje o dia está agradavelmente quente e quando esquenta assim o sangue inflama cheio de vontades safadas...
Porque hoje eu quero sair de casa me sentindo bem bonita, mesmo que qualquer panaca tente me convencer do contrário ao longo da noite. Como sempre fazem. Mas isso é só porque tem muitos panacas espalhados por aí.
Rárá... muitos panacas mesmo. Eu poderia apontar um monte brincando de pular amarelinha.
Eu poderia voltar a pular mais amarelinhas, porque é exatamente esse o sabor que a vida tem que ter.
Vou lá.
E quem quiser me encontrar hoje é só pegar o carro e sair dirigindo pelo centro da cidade com um whisky no meio das coxas...

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Em branco

Passando o dia entre travesseiros e lençóis...
Imaginando se alguém pensou em mim hoje. Ou se só voltarei a existir mesmo amanhã.
O apito do guarda de ruas.
Um copo d'água ao lado da cama.
Vendo a lua aterrissar silenciosa e calmamente na minha janela aberta pra noite, para o mundo.

Um baralho de símbolos mentais

Ontem fui assistir a peça "O Natimorto". Uma peça com muitos diálogos e muitos cigarros.
Entre umas piadas e algumas risadas, muitos medos vão sendo expostos, muitas sinceridades.
Muitas falas faladas de forma muita rápida por um personagem prolixo e uma outra reflexiva e atenta vão jogando sua cabeça numa espiral de reflexões e medos próprios.
Os atores dão uma aula de articulação. Nos prendem ao rítmo deles enquanto tentamos respirar por eles em meio a toda fumaça, em meio a todas aflições e inseguranças.
O texto tem momentos de sutil sensibilidade extrema.
Uma tirada após a outra vai aquecendo e cutucando o coração com conta-gotas.
O destino, ou a possibilidade de um destino, a sina, a sorte, a esperança, se insinuam em um baralho mental da interpretação das inconvenientes figuras que vêm estampadas nas caixinhas dos cigarros, "cowboy light".
Tudo isso acompanhado por músicas assustadoras e belas, cuidadosamente escolhidas.
É uma peça de beleza cirúrgica, que vai atacar seus sentidos e vísceras.
Pena que vai só até semana que vem e eu não poderei ir novamente. Recomendo, recomendo, recomendo.
O texto é do genial Lourenço Mutarelli e a direção do brilhante Mario Bortolotto. Parabéns meninos!

O NATIMORTO
Local: Espaço Parlapatões
Preço(s): R$ 20,00.
Data(s): Até 28 de maio de 2008.
Horário(s): Terça e quarta, 21h30.

Um pedaço do texto me marcou bastante por ser justamente o que eu acredito desde a infância, eu também acredito que só existo para as pessoas quando estou ao lado delas.
E acho que nunca foi ou vai ser diferente.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Esse meu velho...

Gente, meu pai não tem malícia.
Ele é apaixonado por filmes água com açúcar, por comédias românticas.
Tem medo dos filmes de terror, não tem paciência para suspenses.
Faz brincadeiras completamente sem graça por pura inocência e fica chateado se não rimos.
Adora doces. Daqueles mais melados.
Acredita na bondade dos seres humanos.
Mas deve ser porque ele é um cara muito bom.
Morre de posse de minha pessoa pelo simples fato de que acredita que eu ainda tenho 4 anos de idade e me trata assim.
É um dos caras mais espiritualizados que já conheci.
Possui sensatez e ética admiráveis.
Ele acredita nas pessoas, leva em frente o que elas falam.
Ele é um cara raro.
Ele tenta ser sempre sincero.
Esconde sua timidez com extroversão. Acaba falando demais. Gesticulando demais.
Se perde. Vira chato.
Não gosta de jantar sozinho.
Não gosta de assistir televisão sozinho. Fica bravo. Bem brabo.
Dorme em frente a Tv, segurando bem forte o controle remoto, e acorda se trocamos de canal.
Vive dizendo que vai mandar meu cachorro embora, mas adora cachorros.
Ama a família. Toda ela. Odeia separações.
É o único homem que eu conheço, nesse mundo inteiro, que não é superficial.
Adora jogar sinuca e almoços de domingo.
Ama minha mãe.
É mimado. Acha que tem razão. Dono da verdade, sabe?
É egocêntrico, às vezes.
É sensível. Mesmo tentando mostrar que é forte.
Acho que é único.
Ele é único.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Burburinho

Há um burburinho constante em volta dos meus pensamentos.
Principalmente dos pensamentos sobre você.
Tudo o que eu pedi foi uma mão.
Você me olhou de cima e cruzou os braços.
Fez questão disso.
Eu caí mais sozinha ainda.
Mas já nem ligava para a queda.
Caí sozinha com olhos arregalados e céticos.

É engraçado esse seu sentimento de auto-preservação.
Esse medo de mim.
Essa porra desse medo de todo mundo.
Que todo mundo tem de todo mundo.

E eu que acreditava que você era corajoso.
Que era diferente.
Corajoso que nem eu.
Minha coragem só tem me afastado das pessoas.
Mas o medo também afasta as pessoas das pessoas.
Nem suas experiências te tornaram mais corajoso.
E daí quem caiu foi você.
Você caiu um pouquinho para mim.

E daí caiu cada um para cada lado.
Lados diferentes.
Criando essa nossa distância tão atual.

Suporto tudo, menos pessoas medrosas.
Não tô aqui falando de qualquer medo não.
De medo de altura, medo de montanha russa, medo de aranha, medo de dirigir, etecetera, etc...
Estou falando de medos reais. Daqueles que não tem como fugir.
Que fazem o coração doer e a cabeça perder o juízo.
Que fazem você acreditar que não vai dar para continuar a vida se não tomar uma atitude, boa ou ruim...
E você só mostrou fraquezas.
Se fechou naquela sua zona de conforto.
Assim fica muito fácil.
Fica igual abraço de mãe quando entra uma farpa no nosso dedo.
Fica quente e tranquilo.

Eu sou corajosa demais para me acomodar em abraço de mãe e zona de conforto.
Estou atrás de alguém que pule em precipícios reais atrás de mim.
Que saiba sentir de verdade.
E não tenha medo disso.

domingo, 18 de maio de 2008

Nowhere to go

Sabe quando você vai aos lugares que sempre ia e percebe que aquilo tudo que um dia foi tão emocionante e legal e novo está começando a perder a graça, enquanto as pessoas perdem as máscaras?



Sabe quando você acorda e olha a cama grande e vazia em volta de você e começa a desejar que o sonho seja a realidade e não quer acordar nunca mais?



Há algo de engraçado no medo que as pessoas sentem. Nos diferentes tipos de medo.



Há algo de esquisito na tranquilidade que buscamos.



Sabe quando você desconstrói sua imagem para uma pessoa, deposita sua confiança, e ganha em troca solidão?



Sabe quando você se dá conta de que ninguém está realmente do seu lado? De que não há mais graça nas conversas? De que você nunca vai recuperar o que não soube aproveitar na adolescência e que agora não tem para onde ir?



E agora você não quer mais ir. Em direção nenhuma.



Pois é...

terça-feira, 13 de maio de 2008

Fading away...

¨¨¨¨¨¨
É essa minha mania de ir desaparecendo da vida das pessoas em silêncio.
Essa mania de sair à francesa.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Dor flexível

Frio e cólicas.
Um útero que pede atenção.
Recorro ao remédio proibido pelo médico.
1 dorflex.
Pressão caindo. Vertigem.
Mimos de mãe. Mimos da amiga.
Pão com mortadela.
Bolsa de água quente para acalentar e calar o útero.
Mais dor.
Repouso e chá quente.
Mais mimos. Mais chá.
Sem forças para sequer tirar o esmalte lascado das unhas com acetona.
Nostalgia do cheiro de acetona. Do cheiro de gasolina de avião.
Vou tomar mais alguns dorflex antes de cair de dor ou de sono.
E vou desmaiar. Com trinta e dois edredons me cobrindo.
1º dorflex chegando ao estômago.
Uma garrafa de água.
Banho quente. Fumaça.
2º dorflex descendo pela garganta.
Um copo de whisky.
Tontura, vertigem, labirintite.
Remédinho engraçaaado esse.
Sono irresistível. Corpo leve e mole.
Eu pego minha bolsa amarela e me caso com o dorflex...
E dormimos felizes para sempre essa noite.

Every little hour that you sleep

***
**
*
Está aberta a temporada da InSôNiA!!!!
hahaha.
Preciso dormir.
Porque preciso acordar cedo.
Preciso pensar em coisas leves por um segundo apenas.
Porque tenho 3.728 coisas para resolver até às 9:00 am.
E não quero. Nem dormir. Nem acordar cedo. Nem resolver nada.
Quero vestir um vestido laranja com bolinhas azuis e correr pela praia descalça num cenário em escalas de cinza.
E preciso pensar mais em mim.
E também pensar menos em mim.
Preciso voltar a achar graça. Em qualquer coisa.
E sentir qualquer coisa.
Nem que seja sono.

http://www.youtube.com/watch?v=28w4_cJK8Ss

Farewell and Goodnight (Smashing Pumpkins)

Goodnight, to every little hour that you sleep tite
May it hold you through the winter of a long night
And keep you from the loneliness of yourself
Heart strung is your heart frayed and empty
Cause it's hard luck, when no one understands your love
It's unsung,
and I say Goodnight, my love, to every hour in every day
Goodnight, always, to all
thats pure that's in your heart
Goodnight, may your dreams be so happy and your
Head lite with the wishes of a sandman and a night light
Be careful not to let the bedbugs sleeptight
nestled in your covers
The sun shines but I don't
A silver rain will wash away
And you can't tell, it's just as well
Goodnight, my love, to every
hour in every day Goodnight, always,
to all that's pure
that's in your heart
***
*****
*******

sábado, 10 de maio de 2008

Algo inédito

***
Hoje algo de muito estranho me ocorreu.
Me dei conta de que já possuo tudo que preciso.
Não quero mais nada. Não tenho motivação.
Mas não por alguma crise existencial nem nada.
Apenas não preciso de mais nada.
Não tenho porque buscar algo além.
Nada me move.
Não tenho direção a seguir.
Já estou.
É exatamente essa sensação. Já estou.
Muito estranha, aliás.
Se eu pudesse apertar o stop esse seria o momento.
A frase The End poderia correr pela tela.
Porque a história não tem mais para onde ir.
Sensação de que já fiz tudo que deveria.
Já vivi tudo que precisava.
Sensação de... é isso.
É como se não tivesse mais porque emagrecer ou engordar.
Nem porque assistir televisão ou ler jornal.
Nem mais razão para conversar com as pessoas.
Juro que é um dos sentimentos mais estranhos que já senti.
E é inédito. E assustador.
***

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Sinapses

Não há mais usuário.
Vou sair por aí.
Vou buscar outros amores em outros lugares.
O coração anda fraco demais para qualquer outro susto ou preocupação.
Sonhei que eu rolava escadaria abaixo enquanto um bailarino dançava paso doble na minha cabeça.
Por tudo que vi e ouvi essa semana não busco mais amor em lugar nenhum.
Estou começando a entender que realmente não vale a pena.
Que vai sempre doer.
Que vai sempre ter um fim e que esse fim só sabe doer.
O coração anda cansado.
A respiração está fraca.
Os olhos baixos e úmidos.
É o frio, é a poluição.
É o degelo, o buraco da camada de ozônio.
É ter um emprego agora e um salário satisfatório dentro de 3 anos.
É pensar em ter filhos e em como criá-los sem depender de ninguém em um mundo que pode acabar quando eles chegarem aos trinta.
É o racionamento de água.
São o meus sonhos. E os sonhos deles contra os meus.
São as espécies em extinção.
É a gordura localizada na minha barriga e na minha bunda e na minha coxa.
São as infinitas plásticas e cremes que preciso e/ou vou precisar.
É a dieta.
São os livros que quero ler.
São os livros que preciso ler por ENE razões.
Os cursos que preciso fazer. E aqueles que quero.
É a vontade de morar um ano em cada país.
São as especializações para alavancar minha carreira profissional.
São as crianças com HIV ou com fome no mundo.
As guerras no Oriente Médio.
São todas aquelas mazelas mundiais juntas.
É o meu cachorro que não aprende nada do que eu berro para ele.
É o meu quarto que precisa ser arrumado.
É o Um Milhão de reais que não consta na minha conta.
É aquele apartamento duplex lindo que eu não consigo comprar.
São os amigos distantes.
São certos interesseiros e falsos que vivem deixando scraps atenciosos no meu orkut.
São as guloseimas.
É aquele cara que me deixou falando sozinha.
É o meu talento, é a falta de talento.
É a maquiagem borrada no dia seguinte.
São as bebidinha. É a dança da menina.
É o número de telefone que não foi pedido.
É a fumaça. São os insetos.
É a casa nova.
É a respiração fraca.
O coração batendo pequeno.
O pulso quietinho.
É a eterna busca por liberdade.
É a falta de amor.
É falta de amor.
Falta amor.
É a falta.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Manual do usuário

Não adianta insistir.
Eu não atendo portas ou campainhas.
Não atendo.
Também não atendo telefones.
Nem portas, nem campainhas, nem telefones.
Não me chame falando meu nome repetidas vezes, vou te desligar da minha cabeça.
Não me peça satisfações.
Não dou satisfações a ninguém.
Não dou.
Se quiser me pegar vai ter que escalar alguns telhados.
Se quiser minha atenção vai ter que despir-se por completo de sua vaidade.
Se quiser me conhecer vai ser obrigado a olhar nos meus olhos.
Se quiser se aproximar, sinto muito.

domingo, 4 de maio de 2008

Love in SP

São Paulo, minha puta chique.
Que me segura entre seus lábios como suas cigarrilhas perfumadas e mal cheirosas.
Sou tua a qualquer hora do dia, em qualquer feriado.
Me seduz com suas surpresas noturnas.
E prometo a excelência de cada noite tua ao meu lado.
*
*
*
Eu podia continuar te amando exatamente do jeito que já amo.
Por toda minha vida.
Porque assim não machuca.
Porque assim não dói.
E eu posso olhar seus olhos pequenos sem medo ou culpa.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Redenção

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http://www.youtube.com/watch?v=QgH0HY6Qx4A
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Gosto tanto desse seu ar insolente.
Do seu cheiro e do cabelo meticulosamente desarrumado.
Das nossas loucuras paulistanas.
Da velocidade das nossas madrugadas.
Das recepções e das despedidas.
Das histórias contadas.
Nossas risadas convergindo.
Dos olhares que captam momentos cúmplices.
Essa imprevisibilidade previsível dos acontecimentos.
Seus penteados desgrenhados.
Meus cabelos bagunçados.
A redenção ao sono das manhãs.
Escolhi usar apenas um perfume. Um só para você.
O pescoço anda aguardando um beijo seu.
Cheguei num momento da vida, da minha e da sua, e transcendi.
Algo inexplicável dominou meu juízo.
Meu coração pulsa enquanto é mastigado entre dentes semicerrados...
A mente confunde e os sentimentos se desesperam.
As ações foram proibidas.
Sou irremediavelmente livre e não sei se isso é bom ou ruim.
Não consigo escolher ou decidir.
Nem tomar as atitudes certas.
Então volto pra casa e tenho sonhos de você com medo do meu abandono.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Miau...

Hummmm... Frio.
Enquanto uma gata prenha branca e preta vem roçar nas minhas pernas.
Pêlos flutuam como a neve.
O Cinza e o verde da cidade.
O branco e o marrom do meu vestido.
Hoje é dia de centro cultural.
Luvas novas.
Uma explosão de cores.
Talvez novos amores...