quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Inutilidade Pública

As coisas estão indo...

Estou assim assim...

Sábado vou na praça Roosevelt gastar mais do dinheiro que não tenho e tentar esfriar a cabeça pela semana inteira.

Tomara que eu conheça alguém que valha a pena, para dar uma virada nessa vida surreal.

Tomara.

Eu queria ser paga para escrever... eu queria ser paga para atuar... eu queria ser paga para fornicar...

Isso sim seria trabalhar por prazer.

Preciso procurar um emprego novo mas não tenho vontade. Preciso conhecer alguém novo mas não tenho vontade.

Preciso ter vontades mas não tenho vontade.

Queria dormir para sempre... Passo os dias torcendo para que uma Tsé Tsé venha me pegar e eu possa dormir para sempre sem ser acordada.

Acordar, trabalhar, comer, dormir... todos os dias.

Sei que viver não é só isso. Não pode ser.

É porque isso não é viver.

Viver é ver um eclipse do alto de um prédio alto numa madrugada fria.

É não ter compromisso com as horas.

Envelhecer é uma regra sem exceções.

As exceções são para os fracos.

Mas o que é ser forte ou fraco quando não há parâmetros?

As histórias não se repetem pois são individuais. Portanto, não há parâmetros.

Preciso arrumar um emprego real. Uma vida real. Não essa coisa virtual que trata seres humanos como números e números como seres humanos.

Tenho que dar “graças a Deus” por ter um emprego em terra pobre? “Todo império perecerá”.

Não quero ser ingrata com a vida. Mas é que vejo a vida sendo ingrata com os sentimentos de algumas poucas pessoas boas.

Não quero dizer que sou boa. Nem má.

Estou bem longe do ideal. Estou bem longe de qualquer coisa ou pessoa.

Estamos todos longe. Cada vez mais longe. As famílias viraram corporações. Restam só as relações de interesses. As pessoas se aturam. Abandonam quando os problemas aparecem. Se distanciam, ficam frias. Mudam de estratégia, arrumam ocupações. Idealizam e amam o que idealizaram. Assim é muito fácil.

O amor está em extinção. O ser humano deveria entrar em extinção.

Se as formigas tivessem em torno de 30 cm de altura, tamanho de um cachorro pequeno, elas dominariam o mundo. Se nunca uma pessoa tivesse matado uma barata na vida, andaríamos pelas ruas com baratas amontoadas até a altura de nossa cintura.

Um pouquinho mais de cultura inútil para vocês comerem com arroz, feijão e farinha.

Todos acreditam serem especiais ou melhores do que os outros, mais inteligentes. Mas a ética diz que ninguém é melhor do que ninguém... Ou é a moral que diz isso?

Self love... is there a limit?

Well, the sky is the limit…

4 comentários:

Karina Zichelle disse...

Flor!!
Esse texto é quase meu! É bom ver que não sou a única "estranha" Dormir eternamente, é o que eu digo praticamente todos os dias. é fodas ter que se entregar ao sistema para poder sobreviver. Mas eu resisto até o fim, se tiver que me entregar ao sistema, que seja só de um pedaço de mim, não inteira. Eu não sou adepta da ética, da moral. Pra mim, isso é tudo falsidade, uma regra de conduta criada por aqueles que estão no topo da cadeia humana para controlar uma massa. e o pior, essa massa aceita tudo o que vem dessa elite e pior ainda, tenta imitá-la!! Ai, como eu odeio ter essa necessidade de dinheiro...arrgghhh
Saudades de vc!!! Muita!
sorte que sábado está chegando.
Beijinhos
^^

Duli disse...

Amiga, nunca se culpe pela insatisfação. Você está enxergando a realidade. É muito triste mesmo essa "mesmice" di dia-a-dia e o que é bom de verdade a gente acaba tendo muito pouco, como a praça uma vez por semana. Mas o importante é que elas existem e até você trilhar seu belo caminho você ainda tem muito chão dessa praça para percorrer e pode ser a pé, de mãos dadas ou acompanhada.
Não pense que é mal agradecida, só pense que você tem que lutar muito para conseguir um ideal. Triste é não ter um ideal e se contentar com a vidinha mais ou menos.
Como diz nosso amigo renato: se joga!
Faça tudo o que você gosta sem moderações.
Te amo!!!
beijos

Erika Horn disse...

Eu cheguei!!!!!!!

Blower's Daughter disse...

Oi,minha querida amiga!
Sabe,mtos trechos do seu texto refletem bem o que estou sentindo!
Andei pensando coisas parecidas...
Vou colocar aqui os trechos:
"Uma vida real. Não essa coisa virtual que trata seres humanos como números e números como seres humanos."
"Não quero ser ingrata com a vida. Mas é que vejo a vida sendo ingrata com os sentimentos de algumas poucas pessoas boas."
"Estamos todos longe. Cada vez mais longe. As famílias viraram corporações. Restam só as relações de interesses. As pessoas se aturam. Abandonam quando os problemas aparecem. Se distanciam, ficam frias. Mudam de estratégia, arrumam ocupações. Idealizam e amam o que idealizaram. Assim é muito fácil."

Ando pensando nisso,sentindo isso!
E ando num período de bloqueio criativo,não consigo escrever,não consigo se quer esboçar num papel meus sentimentos.Os dias têm passado rápidos demais pra mim,minhas férias voaram,agora td vai voltar ao que era,e não sei se estou pronta pra correria toda!Estou com 22 anos e não me sinto pronta pra nada!
Saudades de vc!
Bjokaaas!