sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Half life

Hoje é sexta feira.
Ainda sem chuva. Mas com promessa de pequenas pancadas à tarde.
Amanhã, sábado ensolarado.
É o que diz a previsão.
Hoje tenho um milhão de coisas para resolver no trampo.
Mais outro milhão de coisas para resolver fora do trampo.
Mas tudo o que quero é deitar numa rede confortável, ler meus livros favoritos, ouvir minhas músicas estranhas, brincar com meu cão Bob.
Ou tomar sol até arder a pele.
Porque pra mim tem que ser tudo assim, intenso!
Até doer, para parecer que é verdade.
Senão fico pensando que é tudo um sonho.
Odeio essa sensação de coisas half lived, if you know what I mean...
Mas sempre acontece uma coisa para estragar. Ou chove imprevisivelmente, ou a pele descasca.
E tudo desanima.
Mas amanhã é sábado e tem sol.
Amanhã é dia de volta às aulas malucas de teatro que eu tanto amo.
Amanhã é dia de me acabar no centro da cidade, entre os artistas e os palcos, e umas garrafas de um bom e velho Jack. Oh yeah...
Seja sentadinha na escada da praça ou bailando salsa com o Chaves e o Chapolin a noite inteira.
Adoro a imprevisibilidade de certas noites...
Adoro alguns poucos que me acompanham ou proporcionam essa tal imprevisibilidade.
Deus nos ajude e me proteja, pois o mundo está em quarentena.
Até a páscoa.
They've opened the gates.
Very few people can understand that.
Sábado do teatro, de matar a saudade, de vivenciar outras vidas no meu corpo.
Sábado das vitórias régias e dos Jack Daniels...
Sábado ao lado de velhos beatniks, grandes escritores e novas histórias.
Ah! Enfim sábado!

De alhos para bugalhos...
Tive um sonho estranho.
Sonhei que me deram uma tartaruga de nome Pipi, que não tinha casco e conversava comigo com uma voz fininha, tipo de desenho animado.
Ele era muito inteligente e muito verde também. A pele dele não era enrugada, era bem lisinha, como se fosse de borracha.
Apesar de ser uma tartaruga ele se movimentava de forma muita rápida, tinha uma personalidade incrível e um excelente senso de humor.
Pipi era uma graça.
rsrsrs
Daí, prometi a Pipi um lar. Disse a ele que ele ficaria solto no jardim e comeria todas as flores que quisesse. Disse a ele também que para que minha casa ficasse completa só faltava eu ganhar um pássaro e um gato.
Porém, quando cheguei em casa meu pai tinha destruído todo o jardim e cimentado tudo!
Eu não conseguia achar o Bob nem a Lila (meus dogs).
Comecei a chorar igual criança e fui embora dizendo que ali não tinha lugar para mim ou para Pipi.
rsrsrsrsrsrs

Deve ser por essas e outras que assusto quem se aproxima de mim.

As pessoas me condenam pelas minhas loucuras, pela minha infantilidade, pela minha entrega, pela minha ingenuidade... pelas minhas bobeiras.
Mas eu condeno quem não é autêntico ou fiel a si mesmo!
Aqueles que vivem com medo do que os outros vão pensar e medem suas palavras e gestos o tempo todo.
Aqueles que agem tentando fazer com que os outros gostem deles.
Conheci muita gente assim em 2007. Em um lugar e em pessoas que eu nunca imaginaria que seriam assim.
Mas ninguém se salva, não é mesmo?
Todos buscam agradar. Cada um a sua maneira.
Eu não tenho mais paciência para agradar.

Há poucas pessoas verdadeiramente brilhantes nesse mundo.
E elas se escondem.
Há muita pagação de pau por aí...
E muitos oportunistas.

Portanto, tudo o que vocês lerem por aqui é verdadeiro.
É fiel ao que sinto e o que sou.
E não vale a pena ler só hoje, ou só esse texto.
Vale a pena ver isso aqui desde o primeiro texto.
Cada reflexão, cada bobeira, cada depressão, cada euforia.
Cada acontecimento.
Cada um de vocês está aqui, nesses textos.
Declaradamente ou não.
E se estão aqui comigo é porque de alguma forma, ou de todas, são muito importantes para mim.

Agradeço imensamente a todos aqueles que um dia comentaram aqui.
Adoro seus comentários. Me inspiram, motivam, me modificam.
Agradeço àqueles corajosos que entraram nas minhas viagens e postaram alguma reflexão, algum elogio.
Algum "elogio à loucura" (citando Erasmo de Rotterdam) rsrsrs
Minhas loucuras, suas loucuras...
Juntando tudo numa coisa só.
Porque a vida é só isso.
E se não formos bobos, autênticos, intensos nas mínimas coisas, até eufóricos... it seems we are living a life half lived.
"Embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu"
Some of you guys know what I mean...

Now fuck off!
'Cause I've got a life to live.
And much work to do.

Küssen,

F.

3 comentários:

Duli disse...

ai q texto legal: engraçado do chapolin e chaves à tartaruga sem casco pipi! hahahaha
ao mesmo tempo sincero, intenso e sempre com uma mensagem para nós leitores, gostei!
Só vc mesmo amiga...é única! e eu: rápida nos comentários!!!!
beijos

Karina Zichelle disse...

É por essas e outras que eu te adoro e admiro muittttttttoooooooo!!!!!
Seu blog é fantástico, assim como a dona dele. Todos esses pensamentos, loucuras, euforias, tudo é cheio de vida, tem sentimento, intensidade, é verdadeiro!! E isso é mravilhoso!
Fodam-se aqueles que condenam os outros e suas "loucuras"!! Odeio aparências! Por fora bela viola, por dentro, pão bolorento!! Nossa, desenterrei essa. nems ei se ela se encaixa direot, pq não é só uma questão de aparencias fisicas, é mais uma questão de aparencia de personalidade.
Oba! Amanhã vamos nos ver!!!!!!!
Saudades de vc, linda!
Sabe, às vezes fico tristinha pq tenho vontade de conversar om vc, sair ir "tomar" uma cerveja e curtir aquele tempo gostoso, filosofando sobe o mundo, mas esse mundo maluco não deixa. Te vejo tão pouco..rsrs Falo isso pq eu sei que ainda faremos muita coisa nesse mundo e vamos marcar época!!! Quebrar paradigmas!!!!!!
Ai, to falando demais@ rsrs mas isso é bom, seus textos tem muito o que serem comentados
Continue sempre com esse seus talento lindo!
Beijokas!
Te aso, amiga
^^

Karina Zichelle disse...

ps: teu celular é doido, né? pq eu tento te ligar e chuf, nada
rsrs
beijinhos. amanhã nos falamos