sábado, 27 de março de 2010

É disso tudo que falo

Em 08/03

Excessiva. Algumas vezes posso ser excessiva.
Excessivamente dengosa, excessivamente carinhosa, excessivamente fria.
Excessivamente insistente e/ou teimosa. Charmosa. Francesa.
Excessivamente mimada... ou mesmo exigente.
Cara de pau, grossa, bruta, indiferente.
Pensativa, arrogante, pedante, metida, pretensiosa.
Distante. Muito distante. Excessivamente distante.
Às vezes posso querer apenas me fundir a você.
Outras posso não querer sequer um olhar seu.
Interesseira. Descaradamente interesseira.
Exibidinha, abusadinha, narcisista.
Low profile. Fútil. Descabidamente boba e fútil.
Me importar demais ou de menos.
Excessiva nos desejos, a ponto de perder horas ou arriscar a vida.
Alegre. Hiperativa. Impulsiva. Desatenta. Nem aí, mesmo.
A verdade é que meus excessos moram na minha única e mais forte paixão.
Sou excessivamente atriz.
Pretensiosa? Sim..
Mais uma vez pretensiosa.
Excessivamente.
Mas atuar mora em mim. Mora nos meus gestos, mora nos meus olhares, mora nos meus pensamentos, nos meus sorrisos e nas minhas provocações. Mora no meu destino e na minha verve.
O sangue corre em excessos nas minhas veias. Todas elas.
E nesse sangue mora a arte. Esse sangue me eleva na dança, me firma no palco, me grita na voz, me expande o peito ao mundo.
E a arte, por sua vez, excessiva dentro de mim ultrapassa todos os limites, os limites do meu corpo e do espaço.
Somos uma coisa só, eu, a arte, meu sangue, o ar, o som, os sentimentos e o excesso.

Um comentário:

Blower's Daughter disse...

Lindo texto, Fê! Principalmente, a parte que diz sobre a arte ultrapassar todos os seus limites!^^