sábado, 27 de março de 2010

22/03

Eu gosto de quem gosta da rua.
Não nasci pra casa. Fico desorientada.
Morro no sofá.
Agora, na rua as coisas são diferentes.
Tem cheiro, tem sabor. Há muita luz e um rumo.
Qualquer rumo pra seguir.
Então eu sempre vou pra rua e sigo todos os rumos.
Nem certos nem errados, porque eu não acredito nessa dicotomia.
Somos só nós dois. Eu e o pavimento.
As pessoas na mesma calçada são mera coincidência.
Dessas coincidências gostosas que nos fazem rir e não deixam que as pedras nos sapatos doam tanto.
Resido nas ruas.
É na rua que me encontro, me escondo e me perco.
O movimento, o barulho e a vida.
As ruas salvam.

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