A menina que gostava de dois homens. E nunca foi diferente disso. Sempre dois.
Talvez o 2 não seja um número auspicioso.
Olho todas essas planilhas e todos esses números e nada disso faz sentido.
Não porque não entendo. Entendo. Mas essas coisas estão deixando o sentido, de ser o que são, cair pela estrada.
E a estrada, nada monótona, não tem posto de gasolina e também parece não ter faixa de chegada.
Sobe todas as escadas de dois em dois degraus. Só de dois em dois. Acha que assim é mais divertido.
A estrada é sempre uma só. Tem nuances e curvas. Tem opções de entradas e saídas. Mas é sempre a mesma estrada a percorrer. Não há de dois em dois na estrada. Sempre em frente. Mas ela quer mais. Ela quer para o alto e avante. Quer transcender, quer tele-transportar, quer desvendar o que há ali, ó, ali na frente, tá vendo? Não né?
Tudo bem...
Ela se comunica com as estrelas, porque as estrelas são as únicas que sempre escutam de forma adequada e são as únicas que respondem, nem sempre de forma adequada.
Pratica telepatia com cães de rua, pois sabe que eles conseguem ler pensamentos. Mais do que isso, sabem ler olhos.
Amava, com todas as fibras de seu ser, dois homens e não entendia como as pessoas não entendiam que isso era possível sim.
2 comentários:
Possível!!! Sim!!
Eu entendo!!
Tb amo de dois em dois... e estou com medo de que esse numero suba para três...
Beijos
^^
Achei lindo este texto, Fê! Principalmente, a parte de se comunicar com as estrelas, eu tb faço isso, eu amo estrelas! A Clarice Lispector tem um trechinho que fala: "Se o brilho das estrelas dói em mim, se é possível essa comunicação distante, é que alguma coisa quase semelhante a uma estrela trêmula dentro de mim". Exatamente!
E eu entendo como é possível amar duas pessoas, entendo mto bem!
Bjokinhas!
Je t'aime!
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