Ele. O violão. Ele na minha sala. A França e seu coração partido.
Eu. O computador e os cigarros. A Argentina e meu coração partido. Na minha sala.
Dedilhando músicas espanholas, flamencos, sua hiperatividade e sua paz.
Minha paz e minha cabeça em rodopio e ventanias.
Suas peripécias.
Minhas peripécias.
Nossas desventuras e confissões. Nossa paz.
Sua, a iminente partida.
Meu, o coração a ser rompido.
Seu rosto, seu desejo, minha paz.
Seu sorriso, que um dia foi meu, e sua irresistibilidade.
A França me encontra em Buenos Aires todos os dias, e nós não resistimos, todos os dias.
E por isso brigamos e ficamos mudos e nos odiamos e ousamos sentir o que não podemos e pensar o indizível.
E dói. Cada um de nossos traumas e cada um de nossos medos. Dóem.
Então decidimos nos afastar e ficar calados e desviar o olhar todas as vezes.
E escolhemos pensar: melhor assim... melhor assim.
Um comentário:
vc voltou pro blog! =D
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