15º andar.
Bem próxima do céu
Perdendo minha lucidez por qualquer alegria fútil
Enquanto sirenes de ambulâncias dançam sob meus pés
Nuvens do tamanho de cidades inteiras cobrem minha cabeça
O choro do contrabaixo em meus ouvidos me forçando a lembrar de você
A imortalidade dessa saudade e o caráter surreal do meu amor zombando de mim
Minhas roupas largas me sufocam
Minhas unhas gritam cavando o ar do caixão que a minha cidade se tornou
Meu peito arrebenta como cordas desesperadas de violino
Minha solidão compõe uma sinfonia usando o silêncio
Que cai em gotas
Ardendo minha consciência.
Preciso de água, de saliva, de suor
Dessa fonte que jorra da sua boca,
Do seu peito e do seu sexo.
Sua voz, sua pele, seu calor e seu cheiro como presentes de natal.
*
Um comentário:
a poetisa é vc!
amote!
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