quarta-feira, 27 de outubro de 2010

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Eu nunca quis jogar.

Quando criança. Eu sempre ficava de fora dos jogos.
Não por achar que eu não era capaz, mas porque realmente não tinha vontade nem interesse.
Todos brigavam comigo, não aceitavam essa postura.
Ninguém sabia explicar porque, mas tentavam de todas as formas me convencer que o “certo” era participar do jogo.
Eu nunca achei aquilo tudo certo ou coerente.

A vida é um grande jogo.

E ainda assim, muitas vezes, eu não quero participar.
Os relacionamentos, o trabalho, a rotina, o dinheiro, as expectativas, as pessoas, as tarefas são pequenos jogos.

Ainda não vejo coerência e vontade tenho cada vez menos.

O que há de errado em não querer participar de algo?
Minhas vontades são, ficar em casa e não me comunicar com as pessoas, exceto quando estou no palco ou no ballet.
O resto do tempo eu poderia passar apenas lendo, ouvindo e escrevendo.
Minha alma é Quidam. Minha vocação é Quidam.

Destinada somente à solidão.

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Um comentário:

Tally M. disse...

eu não sei jogar... nunca entendi as regras desse joga da vida aí. no tabuleiro era mais fácil.
beijos