segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Fora da Lei - Alice Bell Confessions: Light Version

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Por toda uma existência meus sentimentos estiveram fora da lei.
E reeducá-los definitivamente não tem sido uma tarefa fácil.
Sempre gostei das pessoas erradas. Sempre me ferrei ao lado dessas pessoas.
Mas sempre gostei disso também.
De gostar das pessoas erradas e só descobrir que eram erradas muito tempo depois e de me ferrar com elas e por elas.
Talvez Freud consiga explicar tudo.
Talvez alguns amigos mais próximos tiveram razão quando me falavam sobre medo de envolvimento, e de certas esquisitices do tipo que acometem pessoas mal resolvidas.
Ando recebendo alguns elogios ali e aqui, e ando ouvindo certas pequenas declarações de amor e/ou tesão e ando achando isso tudo muito ótimo.
Se fosse possível eu me dividiria em mil pedaços, ou em todos os pedaços e e me entregaria ao amor e tesão de todas essas pessoas que me olham com olhos certos-errados e deliciosos.
Mas a vida não é assim, não é mesmo?
Não que seja proibido. Porque a vida poderia ser assim desproibida por completo.
Mas para o que ando buscando ultimamente preciso me concentrar.
E o que ando querendo requer uma certa disciplina, que é coisa que perdi por volta dos 11 anos de idade...
Deixar de ser fora da lei não é fácil, nem tem graça nenhuma, talvez sequer faça alguma diferença positiva, mas chega um momento em que essas gracinhas de peripécias adolescentes precisam ser superadas.
E eu juro que ando buscando alguém assim, maduro o suficiente pra isso.
Que queira evoluir simplesmente por já ter evoluído.
Às vezes chego a pensar que as pessoas só olham para mim e já pensam em sexo. Acho até que já ouvi isso saindo da boca de alguém direta e claramente.
O que é bom, pois nunca ouvi alguém no bar dizendo que estava com vontade de transar com a "alma ou essência" de fulaninha...
Mas isso não significa que eu me vista de forma provocante (o que eu definitivamente não faço) ou que eu tenha tal postura e atitudes (que também definitivamente não tenho).
Sou é muito moleca e boba para todo esse papo de ser irresistível e ter malícia.
E comprovadamente em 98% das vezes não percebo o que está acontecendo até alguma amiga mais espertinha me avisar.
Mas continuo insistindo em erros e estou verdadeiramente no clima de abolí-los, pelo menos, até segunda ordem.
E estou completamente tomada por aquela vontade absurda daquele cara mais velho que saberia do que eu estou falando se lesse essa baboseira toda que vou deixar aqui.
Mas como sempre, ele não vai ler, e se ler vai ter dúvida de quem ele é e não vai chegar com aquele jeito decidido e cheio de tesão que eu queria ver no corpo e nos olhos dele e eu vou mais uma vez perder o interesse por mais um cara errado.
E ele sequer vai se dar a chance de acertar.

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Um comentário:

Tally M. disse...

Eu adoro passar por aqui... Pq vc escreve o q eu esqueço de escrever. Me identifico com tanto do que leio por aqui... Principalmente qdo vc fala de erros. Ou "erros".

beijo